Editorial - Humanização e progresso

quarta-feira, 25 de agosto de 2010
por Jornal A Voz da Serra

NA LUTA diária do trânsito de Nova Friburgo, o pedestre sai perdendo, tendo em vista que a convivência com quase 80 mil veículos no município torna a travessia de ruas e avenidas um perigo real. Se, de um lado, esforços são empreendidos para tornar o trânsito mais fácil, amenizando o sofrimento de motoristas, sobra para os pedestres o ônus de tal privilégio numa cidade de poucas vias.

AGORA mesmo, recentes mudanças no fluxo de veículos na rua General Osório transformaram a Avenida Euterpe numa única via de acesso para retorno ao centro da cidade, causando sérios inconvenientes com o grande número de veículos que passaram, forçosamente, a transitar por ela. A mudança também causou desconforto aos usuários que são obrigados a enfrentar um engarrafamento que até então não existia.

NO PAISSANDU, as tentativas de facilitar a chegada de veículos na cidade também não levaram em conta o pedestre que circula em grande número na Praça Marcílio Dias. Sem um sinal de trânsito protetor, são obrigados a caminhar para um lugar seguro, distante, ou se arriscar a fazer a perigosa travessia, quase sempre colocando a vida em risco.

PARA tentar amenizar esta difícil convivência do pedestre com os motoristas, o governo tenta sensibilizá-los para o respeito às leis do trânsito, à civilidade e à ordem. Placas com mensagens educativas são afixadas pela Autran, ressaltando a importância dessa relação e a maneira acertada de se prevenir dos acidentes.

AS MEDIDAS de prevenção de acidentes estão sendo implementadas aos poucos e um importante passo pode ser dado com relação à educação das crianças para o trânsito. Ainda sem um ensino formal nas escolas, esta não pode ser deixada de lado, sob o risco de formarmos mal motoristas e desatentos pedestres. É importante criar uma cultura de prevenção que comece cedo, nos bancos escolares.

PRIORIDADE nas políticas de trânsito do país, o pedestre ainda não pode se sentir recompensado em Nova Friburgo. Este ainda não foi beneficiado com o ‘choque de ordem’ pública, do qual as autoridades também não deveriam escapar, pois são responsáveis pela urbanização, obras e demais serviços que beneficiam toda a população. Como o trânsito.

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