A TRAGÉDIA de 12 de janeiro não poupou nem mesmo o Hospital Raul Sertã, que foi inundado com o transbordamento do rio Bengalas. Em diversas entrevistas, a secretária Jamila Calil mostrou como a saúde do município foi atingida e graças a outras instituições, como o Corpo de Bombeiros, foi possível atender os novos pacientes, assim como manter os que já estavam hospitalizados.
O PROBLEMA só veio agravar os muitos outros que o hospital carrega ao longo dos anos e que, com a chuva, mostrou sua vulnerabilidade e a amplitude de seu atendimento regional. Passada a fase emergencial, é hora de cuidar da gestão regional não apenas com unidades móveis de tratamento que acabam desembarcando seus pacientes no HRS.
COMO POLO regional de saúde, possuindo uma rede privada composta por todas as especialidades e dois hospitais, Nova Friburgo não consegue, apenas com o HRS, suportar o atendimento aos municípios vizinhos e manter o serviços aos milhares de friburguenses que dependem dele para a sua saúde. É preciso, com urgência, expandir a rede pública do município.
SABEMOS como é difícil uma cidade de pequeno porte suportar os encargos de manter um hospital público e, considerando as distâncias de um centro maior, estabelecem convênios com outras cidades que possam prestar este serviço, como é o caso de Nova Friburgo. E pela estrutura que hoje oferece continua sendo a referência na saúde de milhares de habitantes do centro-norte fluminense.
INÚMERAS soluções deverão ser tomadas após o fatídico 12 de janeiro. A Defesa Civil certamente estará preocupada com um planejamento que inclua as grandes catástrofes em suas futuras ações de emergência. A estrutura de atendimento hospitalar, portanto, é componente fundamental dessas ações e, para tanto, precisa ser equipada convenientemente.
DESAFIO de todos os prefeitos, o Hospital Raul Sertã deve aproveitar a tragédia como uma oportunidade de fazer valer os seus pleitos por mais verbas e equipamentos, sem falar na expansão física de suas instalações. O município, recentemente, firmou com o governo federal a instalação de um hospital oncológico na Ponte da Saudade. Quem sabe o HRS não consegue também os recursos de que tanto necessita?
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