EDITORIAL - Gangue do mal

quarta-feira, 12 de novembro de 2014
por Jornal A Voz da Serra

APEDREJAMENTO de janelas e pichações nas paredes foram o saldo da ação de um grupo de 20 jovens — que deveriam estar estudando — nas dependências do Ciep de Olaria. Indiferentes aos preceitos de civilização, não mediram as consequências do vandalismo praticado, provocando apreensão em alunos e professores da instituição. Uma cena lamentável e condenável.

MEDIDAS socioeducativas, infelizmente, não são suficientes para coibir este tipo de ação nefasta. Mas dão o recado certo a quem se utiliza dessas ações que prejudicam o bem público. Exemplo recente, acusados de pichar o Cristo Redentor, no Rio, participaram do programa antipichação lançado pela prefeitura, inaugurando, quem sabe, uma resposta pedagógica da Justiça contra o vandalismo em respeito ao patrimônio público e privado. A pichação está prevista na Lei de Crimes Ambientais e a pena chega a um ano de prisão.   

MAS NÃO são apenas as pichações que mostram a ação irresponsável que acontece no cotidiano friburguense: também sofremos com a destruição de instalações públicas nos bairros, prejudicando a comunidade em diversos aspectos. Os orelhões permanentemente danificados; os furtos nas escolas, depredação nas praças de esportes e contra a iluminação pública são registros do vandalismo que lamentavelmente acontece em todos os bairros da cidade.

MESMO que a presença de policiamento ostensivo possa nos trazer um pouco mais de tranquilidade e segurança, a ação dos vândalos é quase sempre fortuita e longe do alcance dos homens da lei. Em grupos, jovens aproveitam a calada da noite para aprontar contra o patrimônio alheio, promovendo baderna que quase sempre termina em prejuízos materiais.

COM O crescimento populacional do município e a falta de opções de lazer e entretenimento, sobra para os jovens a farra, a baderna, a bebida, o excesso de velocidade e a violência. Estes ingredientes, infelizmente, fazem parte do nosso cotidiano e é preciso adotar medidas que minimizem tais atitudes oferecendo, além da segurança, opções mais criativas para a juventude.

O GOVERNO também pode ampliar a atuação da Guarda Municipal, como complemento às ações da PM e da Polícia Civil. Braço importante do esquema de segurança no município, a Guarda não tem um efetivo de pessoal que responda às necessidades da comunidade, deixando de contribuir de forma mais intensa para a segurança pública.


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