LEITORES de A VOZ DA SERRA inúmeras vezes levantam em nossas páginas questões que demonstram o interesse da comunidade pela manutenção e a qualidade de vida de nossa cidade. Através da seção Leitores On line pode-se perceber o contentamento ou o descontentamento com os nossos administradores públicos. Os leitores, efetivamente, são o termômetro dessa aferição.
ÍCONE do turismo friburguense, ponto de encontro de jovens e adultos e espaço aberto para a criançada, a Praça Getúlio Vargas, como foi relatado por um nosso leitor na edição de ontem, há muito deixou de ser o maior atrativo para quem visita a cidade e se transformou num confuso espaço onde nada funciona direito e a segurança nem sempre protege quem a visita. A praça vive hoje no abandono e pede socorro, como afirmam os usuários e os leitores desse jornal.
PARA QUEM conheceu a Nova Friburgo de outros tempos, a praça criada pelo paisagista francês Glaziou era um marco, um oásis de sombra e descanso, uma "catedral de eucaliptos”. Porém, nos dias atuais, o local já não exibe a exuberância dos tempos antigos, onde a fonte jorrava em águas luminosas e as flores abundavam os seus jardins. Descaracterizada pelas más administrações, a praça não é mais aquele lugar encantador.
AOS POUCOS a praça perdeu o seu charme. Invadida por ambulantes, depredada de suas flores, ponto de encontro de vândalos e desocupados, o espaço centenário vive aos trancos e barrancos, recebendo uma migalha ali, outra acolá, porém, seu encanto já não é o de antigamente. A praça hoje pede socorro e o pior: ninguém consegue salvá-la.
NO MEIO do cipoal de lamentação pela deterioração daquele rico patrimônio, vozes iradas se levantam e pedem socorro. Seus jardins não exibem a beleza de nossas flores, o policiamento é fraco, a sujeira predomina. O velho parquinho instalado no local não transmite a descontração natural de um espaço infantil. Ultrapassados e acanhados, os seus brinquedos não atraem mais ninguém.
A VELHA rodoviária de integração, criada com um objetivo, hoje se mostra ultrapassada e saturada, fora docontexto da mobilidade urbana. Já não atende às necessidades da população e se transformou num emaranhado de linhas de ônibus, agravando ainda mais o trânsito no centro da cidade. Pelo que se observa diariamente, o cenário requer uma intervenção urgente.
O MEIO AMBIENTE, nunca é demais repetir, é um tema vital para a economia de Nova Friburgo e o embelezamento da cidade, uma de suas principais características. A economia do município depende dessa "moeda verde”, que beneficia principalmente toda a população e quem não enxerga a sua importância está fora de sintonia com a realidade municipal, nacional e global.
NÃO PODEMOS mais esperar que as chuvas e as queimadas sejam tratadas como assuntos distantes do nosso cotidiano. Planejar o futuro com o olho no meio ambiente é a lógica que deve prevalecer junto aos governantes, hoje e sempre. Mais do que nunca, Nova Friburgo não pode abandonar o seu rico patrimônio, como as matas, os rios e a querida Praça Getúlio Vargas. Vamos, portanto, cuidar, enquanto há o que se cuidar.
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