Editorial - Estancando o êxodo

sexta-feira, 29 de maio de 2009
por Jornal A Voz da Serra

A INICIATIVA do deputado Rogério Cabral ao propor a criação programa estadual de recuperação da economia do meio rural fluminense abre perspectivas que, se forem concretizadas, irão favorecer a enorme economia que representa a agricultura familiar no estado do Rio. Trata-se de estancar enquanto é tempo, a ferida provocada pela ausência de investimentos nesta área e a falta de infraestrutura capaz de fixar o homem ao meio rural com conforto e dignidade.

A PROPOSTA atende à nova conjuntura em que os avanços tecnológicos e científicos garantem a qualidade da agricultura, a velocidade das decisões e a manutenção de milhares de empregos na zona rural. Para que isto seja possível é necessário promover, como quer o deputado, a diversificação das atividades econômicas rurais, contando com as imprescindíveis ações do governo em todos os níveis.

O QUE ESTÁ sendo proposto pelo parlamentar atende em grande parte aos anseios da classe rural, trabalhadora ou empregadora, que hoje se vê obrigada a trocar o campo pelas periferias das cidades, aumentando a lista de problemas das áreas urbanas. A troca simplesmente pelo salário, em muitos casos, é prejudicial ao homem, já que irá enfrentar dificuldades que no campo não encontraria. Uma opção, portanto, arriscada.

A AGRICULTURA em Nova Friburgo representa uma considerável fatia da economia municipal, além de gerar empregos e se constituir em referência pela qualidade dos seus produtos. Nos últimos anos a organização rural em Nova Friburgo deu expressivos saltos qualitativos. O associativismo cresceu fortemente com a implementação de dezenas de associações, fortalecendo a agricultura familiar com apoio técnico e acompanhamento da produção.

ASSIM COMO a indústria e o comércio, a agricultura friburguense é um fator de desenvolvimento do município e precisa, portanto, de incentivos para continuar seu trabalho. Não vivemos mais isolados como antes, quando as atenções dos governos estavam voltadas apenas para as capitais, ignorando o progresso do interior. Hoje a economia do interior representa quase a metade do PIB fluminense e as atenções se voltam, portanto, para esta nova realidade. Que seja assim também para o meio rural fluminense.

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