Editorial - Entre o bem e o mal

quinta-feira, 05 de agosto de 2010
por Jornal A Voz da Serra

O QUE não é proibido é permitido, porém, nem tudo que é permitido é legal, ético ou politicamente correto. É o caso da propaganda eleitoral e o uso excessivo daquilo que é permitido, não importa se o eleitor vai gostar ou não do marketing eleitoral proposto pelos candidatos. A poluição campeia e não há nada para impedir que continuem assim e muito mais até outubro.

O FESTIVAL de placas ambulantes, bandeiras e estandartes dos mais diversos candidatos em Nova Friburgo mostra que os pretendentes abraçaram a comunicação visual custe o que custar, criando assim uma nova forma de poluição – a eleitoral. Não há um sinal de trânsito, uma praça em que não estejam lá os cartazes e bandeiras com as caras mais diferentes e o que é pior, sem promessas.

NO CIPOAL das candidaturas no estado do Rio, os friburguenses não ficam para trás. Uma dezena delas corre atrás dos eleitores e não poupam estratégias para chegar mais perto do cidadão. Nem que para isto tenham que passar a bandeira ou levantar o cartaz.

UM DOS conceitos do marketing eleitoral é o de que se vota em pessoas e não em partidos ou idéias. Os interesses do eleitor são concretos e imediatos: o custo de vida, emprego, moradia, transporte, escola, assistência médico-hospitalar etc. E as pesquisas não apontam o interesse dos eleitores por valores políticos abstratos, como cidadania, representatividade ou sistemas de governo.

NA GUERRA entre a mentira e a verdade, o eleitor fica no meio, avaliando as propostas e as promessas dos candidatos. Mas, antes de se definir pela imaginação dos marqueteiros, é melhor conferir aquilo o que se pode fazer, sem ilusões. A hora é de constatar a realidade e decidir por quem possui as melhores condições de representar Nova Friburgo e a região. Os nomes estão aí.

APÓS um mês, a campanha eleitoral mostra que nada mudou em relação à anterior. Os métodos de convencimento do eleitorado ainda são os mesmos, embora existam novas ferramentas tecnológicas para se chegar às massas. Porém, da propaganda eleitoral podemos tirar algumas conclusões sobre os candidatos. Se emporcalham a cidade ou se preferem convencer pela força dos argumentos racionais disponíveis. Vamos fazer a escolha certa.

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