O ÚLTIMO final de semana mostrou de forma pragmática e determinada como assuntos ligados diretamente à vida da cidade ganham contornos e dimensões que atendem à expectativa da população. De um lado, a Conferência Municipal de Segurança Pública cuidou de um assunto de dimensão preocupante e que afeta as nossas vidas; e de outro, o Festival de Inverno mostrou que a arte completa a vida. Segurança e cultura caminharam na mesma via.
O ENCONTRO de Conquista serviu para a apresentação do Plano Municipal de Prevenção à Violência e Promoção da Paz, uma proposta de governo que pretende minimizar os efeitos da violência em Nova Friburgo contando com a interatividade da sociedade para isso. Como primeiro passo para a gestão integrada de um problema que diz respeito a todos indistintamente, o Plano deverá atender ao que se propõe, desde que existam, dentre outras coisas, verbas para tirá-lo do papel e viabilizá-lo.
ALÉM DISSO, a sociedade organizada deverá fazer o dever de casa, integrando-se com as forças de segurança num trabalho permanente que envolve medidas de prevenção, de informação e de compartilhamento de soluções. Através das associações e entidades não governamentais a sociedade poderá oferecer a contribuição necessária e assim repartir responsabilidades com o Estado na proteção de seu maior bem – a população.
O FESTIVAL de Inverno, por seu lado, elevou a autoestima friburguense, numa promoção que, como disse um slogan, trouxe os bons tempos de volta. Sucesso de público sem a espetacularização para as massas, o festival pautou-se pela música clássica levando um grande público a todas as apresentações, sem, contudo, esquecer do popular, atraindo muitos aos eventos nos jardins do Country Clube, no Teatro Ariano Suassuna e nas demais salas.
MAIS QUE a qualidade inegável dos artistas contratados, o Festival serviu para dar um norte às promoções do governo que tradicionalmente acontecem, seja na área cultural ou na turística e mostrou a eficiência da máquina pública a serviço da cultura. A vertente cultural friburguense foi prestigiada e o governo soube reeditar a promoção dando-lhe uma nova postura, deixando de ser tão somente um amontoado de artistas em noites frias numa certa época do ano.
EMBORA TÃO distantes, os dois assuntos – a segurança e a cultura – guardam entre si a disposição do governo em realizar um trabalho em benefício da comunidade. Assim como as autoridades despertaram para um trabalho unificado com a segurança em Nova Friburgo, devem fazer o mesmo pela cultura, posto que, enraizada e tradicional, é uma fonte de permanente engrandecimento da pessoa humana, evitando, inclusive, a violência que ora se combate.
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