REFEITAS as contas, o governo municipal reduziu de R$ 325 milhões para R$ 306 milhões a previsão de arrecadação e gastos para 2010. Muito dinheiro para as cidades que não têm arrecadação nem projetos de desenvolvimento. Pouco para quem tanto a fazer, como Nova Friburgo.
O ORÇAMENTO indica que não conseguimos sair da dependência econômica dos repasses federais e estaduais, sem que se possa acrescentar o ‘algo mais’ proveniente da expectativa de expansão do município. Ainda não foi desta vez que o cidadão verá exibir nas metas orçamentárias do governo um amplo programa de desenvolvimento da infraestrutura urbana capaz de suprir as diversas carências de Nova Friburgo.
SEM AUMENTAR a arrecadação, o município não consegue suportar os investimentos de maior vulto. Sem expandir economicamente o município, através da abertura de novas empresas, oferecendo políticas de incentivos atraentes, os ganhos não permitirão a execução das obras. Trata-se, como se vê, de um círculo vicioso: não cresce porque não investe, não investe porque não cresce.
PARA SUPORTAR a exigência desse crescimento, a Prefeitura tem se mobilizado na busca por verbas dos governos federal e estadual capazes de permitir a execução de projetos essenciais. Contudo, não é fácil conseguir dinheiro em Brasília Além do esforço pessoal do prefeito, o município depende da intervenção de parlamentares e ministros, o que pode garantir algumas verbas, porém ainda insuficientes.
A PROPOSTA de crescimento econômico sonhada por todos ainda não foi apresentada. Para o governo municipal, a frieza dos números revela o que se tem de concreto, sem sonhos nem devaneios, condizente com a realidade econômica do país e do governo federal, que é a maior fonte de arrecadação do município.
A PREVISÃO feita pelo governo atende às prioridades da administração, mas não chega para tudo o que o friburguense deseja. Para transformar a cidade é necessário muito mais, porém, nem tudo pode ser realizado a contento. A cidade vem crescendo e a resposta financeira poderá vir daqui a alguns anos.
ATÉ LÁ, salvemo-nos com o que existe, embora a má distribuição de recursos, principalmente os roialties do petróleo continue a promover o progresso apenas para umas poucas cidades. O que não é o nosso caso, infelizmente.
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