MERECE uma avaliação mais detalhada por parte dos nossos governantes a pesquisa realizada pela secretaria estadual de Trabalho e Renda sobre os impactos da tragédia de janeiro na saúde mental dos trabalhadores da Região Serrana. Nela, apesar de tantas adversidades, a maioria dos trabalhadores entrevistados afirma estar disposta a continuar trabalhando.
PORÉM, os dados também revelam problemas que infelizmente não serão solucionados rapidamente, como o acesso ao mercado de trabalho qualificado. De acordo com a pesquisa, 50% da população entrevistada estariam dispostas a ascender profissionalmente qualificando-se em cursos de formação básica, já que também quase a metade não completou o ensino fundamental.
A DIFICULDADE de qualificação escolar é na atualidade um dos maiores problemas para os trabalhadores e para as empresas que não encontram mão de obra disponível para expandir seus negócios. O problema nacional também é percebido em Nova Friburgo e na região atingida pela chuva. Não foi adquirido pela tragédia natural e, sim, pelo descaso das autoridades ao longo dos anos.
EMBORA o governo brasileiro tenha contestado os índices de desenvolvimento humano, principalmente a educação, que não evoluiu muito de acordo com as pesquisas da ONU realizada em 172 países, no conhecido IDH, o ensino no Brasil está bem distante dos países que investiram na educação. E o desafio prossegue com a presidente Dilma Rousseff que elegeu este assunto como prioritário em seu governo, há seis meses atrás.
EM NOVA FRIBURGO, uma das promessas de governo do prefeito licenciado Heródoto foi com a educação numa mudança radical do ensino friburguense, como a criação de turno único para os alunos da rede pública. Hoje, sob o comando do prefeito Dermeval Neto, passada a metade do mandato, o desafio persiste apesar dos esforços elogiáveis do secretário Marcelo Verly.
AS MEDIDAS propostas na época e outras continuam válidas e bem-vindas, principalmente quando o assunto é prioritário como a educação. O ensino friburguense depende de vontade política e investimentos para a sua melhoria. A obtenção de recursos vai depender de articulação política do governo municipal em todas as esferas do Executivo, como estamos observando.
MAS É preciso mais. O aluno friburguense quer a melhoria do ensino que lhe é oferecido e esta expectativa, infelizmente, ainda não pode ser atendida, comprometendo o futuro de milhares de cidadãos num país carente de trabalhadores qualificados.
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