O FUTURO do jovem Ezequiel Toledo da Silva, de 18 anos, condenado pela morte do menino João Hélio, ocorrida durante um assalto em 2007, no Rio, ainda será permeado de incertezas. Um estorvo para a população, criado pelas adversas condições da sociedade miserável que sobrevive através da bandidagem e à margem da proteção do Estado. Vilão e vítima simultaneamente, ninguém quer Ezequiel.
OS VEREADORES de Nova Friburgo se lançaram contra sua permanência na cidade, conforme decisão da Vara da Infância e da Juventude da capital, que o condenou a pena de regime semiaberto e o transferiu para o Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (Criaad), uma unidade de recuperação do governo estadual instalado no Prado. É correta a manifestação dos parlamentares, ao prevenir possíveis dissabores com o jovem condenado.
A VINDA do criminoso para cá também expõe a vulnerabilidade do Criaad no municipio, conforme relato dos vereadores, por não dispor de segurança adequada em suas instalações, colocando em risco toda a comunidade ao redor. Outro problema que deve merecer a atenção das autoridades, independente da permanência deste ou daquele indivíduo. É mais um caso que vem se somar à questão da segurança pública em Nova Friburgo.
ATÉ AGORA, mesmo com tantas promessas, os nossos organismos de proteção carecem de infraestrutura que dê proteção, tranquilidade e dignidade aos cidadãos. A Delegacia Legal e a situação prisional são os exemplos mais gritantes em Nova Friburgo, que, mesmo chegando aos 200 mil habitantes, continua a sofrer os problemas das pequenas cidades do interior.
SE O JOVEM condenado sairá ou não de Nova Friburgo, cabe à Justiça determinar. Porém, devido à natureza pacífica e ordeira do povo friburguense, seria melhor que Ezequiel ficasse sob a guarda de um núcleo mais policiado, evitando a sua presença na cidade, que causa constrangimento e preocupação a todos.
Deixe o seu comentário