EDITORIAL - Derrubando preconceitos

segunda-feira, 10 de março de 2014
por Jornal A Voz da Serra

O DIA INTERNACIONAL DA MULHER, comemorado neste sábado, 8, não é apenas um marco festivo, uma data a mais no calendário de festas e eventos. É, antes de tudo, a confirmação da igualdade dos direitos e da participação feminina em sua plenitude na vida social. Trata-se de uma data que relembra anos de luta por uma inclusão negada ao longo da História da humanidade. Hoje, com direitos conquistados, a mulher mostra sua força na sociedade, da qual Nova Friburgo se orgulha e a reconhece como mola mestra no crescimento e no desenvolvimento.

O AVANÇO feminino em todas as áreas mostrou que as conquistas vieram e se consolidaram. Maior contingente da população no município, de acordo com as estatísticas, as mulheres garantiram direitos e vantagens que estão enraizadas na cultura friburguense, no estilo de viver da cidade. Trabalhadoras responsáveis, mães e estudantes dedicadas, as mulheres marcam presença na economia e na vida social.

AS DIVERSAS entidades de direitos das mulheres também têm participação efetiva em Nova Friburgo. Organizações não-governamentais complementam essa luta cotidiana com atividades que relevam a participação feminina em seus múltiplos aspectos, ainda que encontrem barreiras políticas para um melhor desempenho de suas atividades. Mas são de grande valor na conscientização feminina, servindo de fonte de aconselhamento e preparação para manter sempre atuante a participação da mulher.

A MULHER tem garantido a sua presença em diversos cargos públicos,  inclusive na política. A presidenta Dilma Roussef, governadoras de estado, deputadas, senadoras, vereadoras e prefeitas reforçam a atuação feminina na vida nacional, inclusive em Nova Friburgo, através da vice prefeita Grace Arruda. Também não será surpresa contarmos com elas nas próximas disputas eleitorais este ano. 

AS CONQUISTAS, entretanto, não foram suficientes para derrubar fortes estruturas desiguais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 47,2% das mulheres brasileiras estão no mercado de trabalho. A jornada continua em casa. Praticamente todas aquelas que trabalham fora (90%) declaram gastar cerca de 20 horas semanais com serviços domésticos. 

A DESIGUALDADE está presente no momento da remuneração. Perante a lei, elas têm os mesmos direitos que os homens, porém, na prática, continuam ganhando menos em todas as posições profissionais que ocupam. O rendimento das mulheres chega a ser 22% menor que o dos homens.

DIFICULDADES ainda existirão, porém, o que vale comemorar é a presença da mulher friburguense no trabalho e no lar, marcando a formação de gerações com dignidade e dedicação. Um verdadeiro presente para Nova Friburgo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade