SE A tão sonhada transparência dos gastos públicos for colocada em prática como a que mostrou o secretário municipal de Educação, Marcelo Verly, a sociedade compreenderia um pouco mais os meandros da administração pública e o que se faz ou se pode fazer com as verbas do orçamento. A gestão pública exige que assim seja.
EM recente discussão sobre o Plano Municipal de Educação, realizada esta semana no plenário da Câmara, os administradores educacionais tiveram oportunidade de esclarecer questões que permanecem apenas no imaginário da população, como se o dinheiro fosse fácil de ser obtido. Porém, comprometida com tantas despesas, a educação no município conta com um orçamento de R$ 69 milhões e que se esgota sem muitas perspectivas de investimento.
O SONHO do prefeito licenciado em adotar o horário integral de ensino também para as crianças da rede municipal, por enquanto, não poderá ser realizado. O que o município recebe, mais as previsões de novos recursos oriundos, por exemplo, de verbas parlamentares, não permite que o ideal de Darcy Ribeiro seja atingido para a adequada formação dos estudantes.
O DESAFIO da educação pública não é somente do nosso secretário. É enfrentado em todas as cidades brasileiras, mal dotadas de verbas para esta nobre missão. Professores e alunos se unem num coro de lamentações cujo choro infelizmente não chega aos ouvidos dos governantes em Brasília. A presidente eleita, Dilma Roussef, prometeu mudanças e cabe agora aguardarmos a sua posse para ver quais delas serão implementadas.
NÃO É mais novidade para ninguém que a educação brasileira ainda não se desenvolveu de forma plena. O mercado de trabalho sofre as consequências do ensino inadequado com a falta de profissionais qualificados. A educação básica não supre com o mínimo de formação uma geração que vive conectada aos meios eletrônicos de comunicação e que não prescinde mais do conhecimento formal praticado atualmente nas salas de aula.
É PRECISO adequar o ensino às mudanças da sociedade globalizada, cujos princípios são difundidos em todos os países desenvolvidos e que infelizmente ainda não chegam aos bancos escolares brasileiros. Avançar na qualificação dos nossos professores, oferecendo salários dignos e acesso à atualização profissional, são necessidades fundamentais da educação. Os estudantes serão os grandes beneficiados.
Deixe o seu comentário