A RESTAURAÇÃO da fonte do Suspiro, parcialmente destruída pela chuva de 2011, começa a apresentar contornos de esperança para a preservação histórica, artística e cultural da cidade. E traz à tona um assunto que precisa da atenção do governo e dos políticos, assim como da população. Há muito tempo, Nova Friburgo necessita de uma estruturação do seu patrimônio material e natural, quer na preservação do acervo arquitetônico que ainda resta, quer na preservação da nossa Mata Atlântica, esta sim, o maior tesouro friburguense.
A MEMÓRIA do município vem sendo muito bem guardada pelo governo através da Fundação Dom João VI, o Pró-Memória. O acervo de livros, fotografias, mapas, jornais e demais documentos reforça a preocupação com o nosso passado, as tradições e a história do município. Porém, não é apenas isto que constitui o patrimônio de Nova Friburgo. Ele está nas ruas, nos casarios, nos prédios centenários, nas igrejas e praças, nas matas — e pede ajuda.
ASSIM como as marcas da tragédia, que em boa hora vêm sendo modificadas com a colaboração da iniciativa privada, existem outros exemplos que não deveriam compor a paisagem de uma cidade prestes a completar 200 anos. Para o tão sonhado turismo, o patrimônio friburguense precisa de uma intervenção séria, de manutenção e preservação, se ainda quisermos manter vivos os tempos de outrora.
QUANTO À Mata Atlântica, é necessário unir esforços governamentais e privados no sentido de sua preservação. Por sua importância, o meio ambiente é um tema que perpassa os órgãos públicos e sua transversalidade deve ser aproveitada por todos os segmentos. Cada vez mais se torna indispensável tomar medidas de prevenção deste rico manancial, fonte de vida e de recursos financeiros hoje e sempre.
O PATRIMÔNIO de Nova Friburgo deve ser visto em sua totalidade, fortalecendo as leis existentes e criando outras medidas que possam ajudá-lo a ser preservado. Cultura, educação, meio ambiente e turismo são apenas algumas áreas que não podem perder o foco da questão, sob o risco de nos afastarmos desta oportunidade por falta de iniciativa política e não somente de recursos financeiros. Pode-se fazer muito com pouco.
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