EMBORA o coordenador da Defesa Civil de Nova Friburgo esteja otimista quanto à incidência de queimadas neste mês de agosto, devido às chuvas de julho, nunca é demais tomar as precauções contra o fogo que neste período do ano costuma atingir as matas friburguenses. Estiagem e a irresponsabilidade de alguns são motivos suficientes para transformar o verde em cinzas.
O SEXTO Grupamento de Bombeiros Militar de Nova Friburgo já distribuiu folheto explicativo prevenindo contra o fogo em vegetação. Nada mais natural para quem está acostumado a enfrentar a queimada na Mata Atlântica do município, espalhada por mil quilômetros quadrados, e que todos os anos destrói a vida vegetal no solo friburguense.
A PREOCUPAÇÃO dos bombeiros se justifica tendo em vista a grande quantidade de queimadas que são detectadas no estado do Rio, agravadas pela costumeira seca nesta época do ano. Prevenir, então, é o lema neste fim de inverno e chegada da primavera. Todos podem fazer a sua parte, tanto os cidadãos quanto as autoridades, num trabalho de vigilância permanente.
MUITAS edições de A VOZ DA SERRA noticiaram os focos de incêndio no município e para não repetirmos os episódios do passado, é hora de procurar as formas de minimizar tais ocorrências. Sem a conscientização da população, os riscos aumentam ainda mais e uma pequena brasa de cigarro despretensiosamente lançada no mato pode se transformar numa queimada com inúmeros inconvenientes.
AS QUEIMADAS oferecem um perigo físico de graves proporções. O descuido, o vandalismo e a irresponsabilidade de alguns agricultores ajudam a causar danos que não podem ser corrigidos pelos bombeiros nem pela Defesa Civil, acontecendo muitas vezes em locais de difícil acesso e, consequentemente, sem condições de combater o fogo. Este triste espetáculo não pode ser repetido novamente neste ano.
JÁ FICOU provada a impossibilidade de se extinguir os focos de incêndio em toda a extensão do município devido aos locais montanhosos muitas vezes inacessíveis. Qualquer tentativa é dispendiosa e requer equipamentos de combate ao fogo nem sempre disponíveis. Cabe então à comunidade fazer a sua parte, agindo preventivamente, e também ao governo municipal, sinalizando com políticas públicas, inclusive com punição aos infratores.
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