Editorial - Crise com solução - 12 a 14 de março 2011

segunda-feira, 14 de março de 2011
por Jornal A Voz da Serra

PASSADOS exatos 60 dias da tragédia natural que assolou Nova Friburgo, quando a cidade ainda busca corpos nos escombros, alguns setores da população reclamam da morosidade dos serviços de avaliação das áreas atingidas e das obras de reconstrução, lamentando que as providências ainda não tenham sido tomadas.

A NATURAL aflição de moradores de bairros duramente atingidos pela chuva de 12 de janeiro é comungada pelas autoridades, que se desdobram para atender uma situação até então inimaginável por ninguém. O tempo decorrido, entretanto, é curto demais para cobrir tamanhas consequências do desastre e a paciência deve ser, mais uma vez, a melhor atitude frente a esta adversidade.

O PREFEITO em exercício, Dermeval Neto, tem se mostrado altamente comprometido com a reconstrução de Nova Friburgo, abrindo as portas para as autoridades competentes para lidar com a tragédia, notadamente o governo estadual, através do secretário de Obras e vice-governador Luiz Fernando Pezão, e do presidente da EMOP, Ícaro Moreno Junior, além de estabelecer importantes contatos com o governo federal e organismos internacionais de ajuda e financiamento.

ALÉM DAS tarefas emergenciais nestes 60 dias, Dermeval enfrentou o duro trabalho de abrigar e manter centenas de pessoas atingidas pela chuva com um mínimo de conforto sem perder a atenção para o sofrimento humano, oferecendo conforto material e espiritual. Nem mesmo o mais competente político conseguiria sair-se melhor num momento em que todos pedem alguma ajuda e a solidariedade prevaleceu nestes dois meses de crise.

O APOIO que Nova Friburgo vem recebendo das instituições, dos cidadãos, através de doações, e das autoridades governamentais, como a presidente Dilma Rousseff e o governador Sergio Cabral é um sinal de que a reconstrução é possível, contando com a colaboração de todos. Caberá às autoridades municipais, conjuntamente, estabelecer as metas desse trabalho.

DOIS meses se passaram daquela fatídica madrugada, mas para todos os friburguenses as imagens ainda estão nítidas na memória. Em pouco tempo sonhos viraram ruínas, vidas se perderam, esperanças esvaíram-se. Mas, a virada é necessária. Acreditamos no empenho do governo na condução da reconstrução e, mais ainda, na força popular para mudar este quadro adverso. A população é a mola mestra para ocorrer a sonhada mudança. Temos muito que fazer, mas, a vontade de todos será determinante para realizarmos a sonhada recuperação. Sem pessimismos.

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