PESQUISAS mostram que a taxa de desemprego passou de 11,9%, em agosto, para 11,4%, em setembro, a menor desde janeiro de 2009, quando teve início a apuração nas principais regiões metropolitanas. O total de desempregados no período foi estimado em 2,516 milhões de pessoas, 109 mil a menos do que no mês anterior. Estamos na contramão da crise que ameaça a Europa e persiste nos Estados Unidos.
AINDA que o resultado seja expressivo, principalmente na conturbada economia mundial, deve ser comemorado com cautela, inclusive em Nova Friburgo. Sem números consolidados para confirmar a tendência positiva, caracterizando um crescimento, sindicatos das categorias unem-se aos empresários numa só ladainha contra o arrocho econômico, as taxas de juros e a baixa cotação do dólar que inibe as exportações.
EMPRESAS e empregados encontram-se hoje no mesmo lado. As primeiras lutam para manter os negócios em atividade, enfrentando dissabores de toda ordem, principalmente tributária e fiscal. No caso friburguense, a preocupação é também com a ameaça dos manufaturados chineses que invadiram os mercados, colocando em risco a produtividade dos produtos friburguenses da moda íntima.
A INDÚSTRIA têxtil brasileira investiu na modernização do parque industrial e na abertura de novos mercados, que também são ameaçados pela agressividade chinesa, agravado pela baixa cotação do câmbio, o que prejudica a concorrência. O resultado ainda não foi pior porque existe residual de contratos que ainda estão sendo realizados.
O PARQUE da moda íntima friburguense está em expansão e tem boa aceitação no mercado mundial, conforme comprovam o volume das suas vendas. Porém, o comércio global mostra que as dificuldades encontradas prosseguirão enquanto o governo não der as necessárias salvaguardas para impedir a expansão de produtos que chegam ao Brasil de forma ilegal e preocupante.
O CRESCIMENTO do país depende fundamentalmente da nossa capacidade de investimento. Com um parque têxtil moderno e mão de obra qualificada, o que falta é desonerar a economia, reduzindo impostos, simplificando a burocracia e estimulando o seu desenvolvimento. Sem mudanças dificilmente o setor conseguirá ficar em vantagem nesta luta desleal.
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