CERCA de 50 cidades brasileiras deram início a um protesto contra os impostos cobrados no país. Postos de combustível, restaurantes e lojas venderam ontem produtos com descontos que variaram de 30 a 50%, para marcar o Dia da Liberdade de Impostos.
A INICIATIVA foi para chamar atenção para os impostos altos no Brasil e os comerciantes retiraram do preço o valor que pagam de tributos. Segundo cálculos do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), o brasileiro passa 152 dias do ano, ou cerca de cinco meses, trabalhando só para pagar impostos.
A PRESIDENTE Dilma divulgou pacote de medidas financeiras para beneficiar as empresas e, com isto, possibilitar o aumento dos investimentos industriais no país. Trata-se de medida coerente com o cenário econômico mundial e que pode proteger as empresas dos efeitos da falta de capital. Como ela disse, “o Brasil está 300% protegido”.
POR OUTRO lado, pesquisas mostram que a taxa de desemprego vem respondendo bem à crise que ameaça a Europa e persiste nos Estados Unidos. Ainda que o resultado seja expressivo, principalmente na conturbada economia mundial, deve ser comemorado com cautela, inclusive em Nova Friburgo.
EMPRESAS e empregados encontram-se no mesmo lado. As primeiras lutam para manter os negócios em atividade, enfrentando dissabores de toda ordem, principalmente de ordem tributária e fiscal. No caso friburguense, a preocupação é também com a ameaça dos manufaturados que invadiram os mercados, colocando em risco a produtividade dos produtos friburguenses da moda íntima.
O CRESCIMENTO do país depende fundamentalmente da nossa capacidade de investimento. Com um parque têxtil moderno e mão de obra qualificada, o que falta é desonerar a economia, reduzindo impostos, simplificando a burocracia e estimulando o seu crescimento. Sem tais mudanças dificilmente o setor conseguirá ficar em vantagem nesta luta desleal que coloca em risco também o sustento de milhares de trabalhadores.
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