EMBORA sofrendo os efeitos da tragédia climática de janeiro, Nova Friburgo não se mantém inoperante para o trabalho de reconstrução e valorização de suas atividades apoiando os diversos setores da economia e do desenvolvimento. A hora é de trabalhar, como afirmou o prefeito interino Sérgio Xavier em entrevista a este jornal publicada na edição passada.
UMA DAS formas mais rápidas de buscar reverter a impressão causada pela chuva é através do incentivo ao turismo—mais precisamente o turismo ecológico. Quando feito de forma organizada e oferecendo amplas condições de uso respeitando a natureza, tem sucesso garantido. No rastro da utilização da Mata Atlântica, toda uma infraestrutura é posta a serviço dos visitantes.
ATRAVÉS de um serviço de qualidade, pode ser oferecido um produto de rara beleza e diversificação, que vai do simples e agradável banho de cachoeira, à contemplação de sua fauna e flora, o alpinismo e a canoagem. Devemos continuar valorizando este imenso patrimônio natural, pois a população friburguense não é insensível à constatação de que o turismo é a sua vocação que ainda não sofre as influências da macroeconomia e da crise financeira.
OS PODERES públicos e as entidades comprometidas com o meio ambiente devem, portanto, aglutinar forças para que este patrimônio seja preservado, permitindo o seu uso dentro de formas racionais sem agressões, possibilitando à comunidade usufruir as suas excelentes condições, ao mesmo tempo em que adota um turismo com bases mais racionais e organizadas. A ecologia de Nova Friburgo é, ao mesmo tempo, problema e solução. Sem organização, se degrada; planejada racionalmente, é fonte de renda.
A VOZ DA SERRA tem um pacto estabelecido a favor do meio ambiente. Através de nossas edições abrimos espaço para a Mata Atlântica friburguense, nos manifestamos contrários a iniciativas que coloquem em risco este patrimônio verde, defendemos as atitudes que venham a contribuir com a preservação ambiental e também prestigiamos as organizações públicas e não governamentais que defendem a causa ambiental.
OS PAÍSES vivem o dilema de desenvolver-se conservando os seus recursos naturais. Nova Friburgo, seguindo o ditado “pense globalmente, aja localmente”, deve se espelhar nessas alternativas para preservar o patrimônio natural, promovendo, assim, a nossa própria sobrevivência.
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