A ALERJ, através da Comissão de Agricultura, promove nos próximos três dias, na Queijaria Escola, em Conquista, o I Congresso Rio Eco Rural, com uma programação abrangendo temas específicos ligados à pecuária, meio ambiente, agricultura familiar, energias renováveis, turismo rural e ecoturismo. As conclusões do evento, segundo os organizadores, poderão gerar mudanças significativas para a economia rural do estado.
A INICIATIVA, que tem como um de seus principais mentores o deputado Rogério Cabral (PSB), é louvável sob todos os aspectos e permite que, pela primeira vez, se faça um diagnóstico da economia rural fluminense, seus entraves e dificuldades e as possibilidades de desenvolvimento. E é bom que seja assim, pois é inadmissível e contraditório que o Estado do Rio, segundo mercado consumidor de alimentos do Brasil, responda apenas por 0,5% da produção nacional.
A AGRICULTURA familiar, que representa mais de 90% da produção rural fluminense, tem em Nova Friburgo um de seus principais polos econômicos, com o plantio de hortaliças e flores, e será um dos destaques do congresso, proporcionando um debate produtivo também para a comunidade agrícola do município. E devido à sua importância na economia de Nova Friburgo, também deverá ser motivo de interesse por parte do governo local.
NEM TUDO são flores para a economia rural no estado, que ainda carece de políticas públicas de estímulo e beneficiamento para que se dê ao homem do campo as mesmas condições de crescimento e desenvolvimento dos núcleos urbanos. Mais importante ainda seriam as políticas de fixação do homem à terra, valorizando o trabalho rural com obras e serviços de manutenção, sem falar nas políticas de saúde e educação.
MEIO AMBIENTE e a produtividade rural nem sempre combinam e o assunto deverá receber atenção redobrada das autoridades que participam do congresso. O uso de agrotóxicos e medidas de proteção à saúde do trabalhador rural estarão na pauta dos debatedores e também de ambientalistas que se alarmam com a gravidade do assunto. Em Nova Friburgo, o tema é motivo de preocupação das autoridades e da comunidade.
NÃO MENOS importante, o turismo rural em nosso município, que ainda não deslanchou, não pode ficar fora da conversa. O ecoturismo no estado, e principalmente em Nova Friburgo, precisa de impulso, cabendo às autoridades impulsionar a atividade de forma profissional, sem o clientelismo político e com ações que redundem em desenvolvimento econômico e melhoria da qualidade de vida.
O CONGRESSO Rio Eco Rural, nos dias 16, 17 e 18, é o palco ideal para que essa importante cadeia produtiva seja avaliada, reconhecida e estimulada. De nada adiantará o esforço individual dos produtores e prestadores de serviços se não existir o braço do Estado para amparar a atividade rural. O momento, pois, é estimulante e poderá responder com criatividade e vontade política as dificuldades da crise econômica que bate à nossa porta.
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