Editorial - Compromisso com a cidade, de mãos dadas com a verdade - 30 de agosto 2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011
por Jornal A Voz da Serra

CAUSOU apreensão em toda a comunidade a reportagem de A VOZ DA SERRA publicada na edição de fim de semana sobre os riscos que os moradores da Rua General Osório e adjacências, inclusive da Praça do Suspiro, estão enfrentando com a morosidade das obras de reconstrução das encostas, quase oito meses após a tragédia climática de janeiro. Afinal, vidas estão em risco e a proximidade de novas chuvas são motivos suficientes para o natural temor.

O INTERESSE do jornal ao relatar o drama dos moradores daquele local não foi outro senão despertar nas autoridades o debate que se faz necessário, ao mesmo tempo que informa a população sobre os acontecimentos e as medidas que estão sendo tomadas para reduzir os riscos ali e nos demais lugares atingidos pelas chuvas no município. E também porque muitas obras sequer começaram, dando margem à comunidade de questionar pelo seu futuro.

RELATÓRIOS técnicos estão sendo finalizados pelo governo estadual, através do DRM, avaliando os riscos e propondo soluções de engenharia para as encostas no Suspiro. Enquanto isso, o temor por deslizamentos permanece latente, e a população se pergunta como será a volta do período de chuvas. Até que uma autoridade competente possa informar as reais providências que estão sendo tomadas, a dúvida é pertinente e deve merecer uma pronta resposta.

AS DIFICULDADES burocráticas para o início das obras de reconstrução a cargo do governo estadual levam todos a questionar o esforço das autoridades em deslanchar os trabalhos com a velocidade que o tempo exige. A poucos meses do período de chuvas, pouco será possível fazer para minimizar os riscos da população, pois tratam-se de obras que demandam tempo e recursos financeiros disponíveis no caixa do governo.

NO PLANO municipal, as consequências da alteração climática já estão registradas pela tragédia de janeiro e devem, mais ainda, ser avaliadas pelos técnicos do governo, planejando soluções de curto, médio e longo prazos prevenindo-se das chuvas. As autoridades podem dar grande contribuição informando a comunidade dos riscos a que está exposta e isto vem sendo feito pela Defesa Civil, adotando inclusive um sistema de alarmes para algumas áreas.

A APREENSÃO por novas chuvas, infelizmente, leva-nos a temer por uma tragédia, porém, cabe ao governo tranquilizar a população, ao passo que oferece a ajuda possível. A nós, enquanto veículo de comunicação, restam os fatos e nosso compromisso com a verdade há de ser sempre maior, ressaltando nosso dever e obrigação de informar. O momento não é de pânico, e, sim, de aguardar as providências das autoridades e tomar as necessárias precauções, individualmente, principalmente os que vivem em áreas de risco. É preciso que cada um faça sua parte para o alcance de uma cidade ambientalmente agradável, sem alagamentos nem deslizamentos—e mais protegida.

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