MAIS UMA vez o Festival Internacional de Cinema Sócio Ambiental de Nova Friburgo, o FriCine, volta à cena e mostra porque é um dos mais importantes eventos cinematográficos do país, único na sua modalidade na região sudeste e ponto de referência para ambientalistas e cineastas de todo o país. Agora em sua quarta edição, a ser realizado em outubro, parece que veio para ficar, prometendo atrair produtores de outros países.
A INICIATIVA promete ser duradoura, pois decorre da consciência ambiental mais latente da sociedade e ponto de honra dos governos que assistem inertes à degradação planetária. E principalmente pelo questionamento da situação social que em última instância deságua na questão do meio ambiente. Além, óbvio, de se tratar de uma arte que permite misturar realidade e ficção, como a “irrealidade do cotidiano”.
O INTERESSE pelo meio ambiente de Nova Friburgo não é apenas dos que vivem aqui. Pesquisadores de diversas especialidades se debruçam sobre a Mata Atlântica do município, brasileiros e estrangeiros numa prova irrefutável da importância do ecossistema friburguense para a preservação desse patrimônio natural. O Festival é, em síntese, uma prova de gratidão por este pedaço de natureza compartilhado com cineastas do país e do exterior que participarão da jornada.
POR ABRIGAR um evento da iniciativa privada, destinado unicamente a divulgar através de um festival cinematográfico as questões sócio ambientais em todas as suas manifestações, Nova Friburgo mostra que o caminho da preservação e da consciência ambiental da população é possível, como pregam todos os governantes. Experiências de sucesso já combinam o meio ambiente com o modelo econômico vigente e a melhoria da qualidade de vida de suas populações, com vontade política.
OS TEMPOS do Mury Cine Festival de 2006 até os nossos dias foram permeados por avanços significativos na consciência planetária da população sobre os riscos ambientais evidentes, e também pelo empenho dos governos em avançar neste tema tão simples e, ao mesmo tempo complexo. Vamos esperar que os cineastas também contribuam para que a arte, finalmente, não imite a vida.
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