EDITORIAL - Cidadão porcalhão

terça-feira, 14 de outubro de 2014
por Jornal A Voz da Serra

MUITAS PLACAS de candidatos na campanha eleitoral ainda poluem a cidade, inclusive dentro do Rio Bengalas, mostrando a falta de compromisso de alguns "cidadãos” com o meio ambiente. Prática condenável, descartar o lixo sem se preocupar com o local mais conveniente, infelizmente, está se tornando um hábito difícil de ser modificado. Além da placas políticas, as indesejáveis sacolas plásticas ampliam, e muito, o cipoal da sujeira. 

AS SACOLINHAS descartáveis não estão sendo mais distribuídas nos supermercados de São Paulo, criando um problema para muita gente, mas revelando um avanço ambiental que deveria ser seguido pelos demais estabelecimentos do gênero nos outros estados brasileiros. Agora, o consumidor paulista tem de comprar sacolas reutilizáveis, que são vendidas, lá, por até R$ 0,59. E ainda restam outras opções, como as caixas de papelão, caixas dobráveis e os carrinhos de feira.

EMBORA os estados tenham avançado na adoção de políticas ambientais, pouca gente se preocupa com o excessivo lixo produzido nas cidades, gerando um passivo ambiental que a cada dia se acumula mais. Sacolas, garrafas, tudo, enfim, é jogado fora sem preocupação com o destino final do material que ajuda a sujar as cidades brasileiras, sem que as autoridades levem este assunto em consideração.

A EXTINÇÃO das sacolas plásticas, por exemplo, conta com o apoio da população e como já ocorre em muitas cidades em todo o país, inclusive em Nova Friburgo, a medida tem sido bem aceita e compreendida por todos. A sociedade, aos poucos, vem assimilando a importância de não utilizá-las e está se conscientizando de sua redução, cuja causa está na sua origem e não somente no usuário que irá descartá-la.

ALGUMAS medidas no sentido do descarte do lixo e da coleta seletiva já são tomadas pelas prefeituras, inclusive em Nova Friburgo, mas não atendem plenamente ao que é gerado pela população, deixando a captação destes a cargo dos catadores cooperativados ou não, que se encarregam de sua coleta e comercialização. Porém, é necessária uma política pública que ofereça condições de reduzir o lixo na cidade, principalmente conscientizando a comunidade dos seus cuidados.

OS GOVERNOS enfrentam o desafio ambiental cada vez mais presente e o assunto ganha dimensão principalmente junto à população. Trata-se de um capítulo do qual os governantes não poderão fugir, se quiserem realizar um trabalho político voltado aos interesses da sociedade e com foco no crescimento sustentável. É tarefa que deve ser compartilhada com todos nós.

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