O REGISTRO de oito mortes em colisões de veículos em Nova Friburgo nos primeiros meses do ano, conforme noticiou ontem a coluna de Giuseppe Massimo, é uma pequena parcela do que ocorre pelo país com o aumento do número de veículos nas ruas e a persistente imprudência de motoristas e também dos pedestres. Vivemos a era do automóvel e é preciso cuidar do problema antes que a crise insolúvel se instaure.
OS PRÓXIMOS 10 anos terão a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com a promoção “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O trabalho a nível mundial envolve 150 países e pretende reduzir o número vertiginoso de acidentes de trânsito no planeta.
O BRASIL é exemplo desse crescimento preocupante. Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de acidentes de trânsito subiu 24% nos últimos oito anos. Os números são apenas a constatação estatística de uma tragédia que comprovamos diariamente. Para o governo o país enfrenta “verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”, e não é para menos: em 2010, foram 40 mil mortes.
ANUALMENTE o sistema público de saúde registra milhares de feridos nestes acidentes, causando uma significativa perda do orçamento e aumentando consideravelmente o número de hospitalizações. O sistema é sem dúvida um dos mais afetados pelas consequências desse quadro de tragédia, mas a vítima do trânsito enfrenta problemas maiores que interferem diretamente em toda a estrutura familiar.
SOMOS o quinto país no ranking de mortes no trânsito. As causas, quase sempre, estão ligadas a fatores humanos, como a alta velocidade e o consumo de bebida alcoólica, o que é inaceitável e revela o quanto será preciso evoluir em respeito ao próximo. O problema também é verificado em Nova Friburgo e só pode ser minimizado com uma ampla campanha de conscientização, com uma ação fiscalizatória das autoridades e mais investimentos. A crise bate à nossa porta.
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