PASSA DE 500 o número de atendimentos feitos pelo Corpo de Bombeiros de Nova Friburgo nos últimos 30 dias, apontando uma curva crescente dos casos de acidentes em que a corporação é solicitada e a média diária só tende a aumentar. Embora seja de se destacar o trabalho da corporação no atendimento à população em geral, os números ficam aquém do cotidiano, onde os acidentes são maiores e nem sempre são computados.
O DADO revela que o trânsito ainda é fator causador da maioria dos acidentes e mesmo com a eficácia dos órgãos fiscalizadores a situação não mostrou mudança significativa. Porém, no cipoal das leis brasileiras, uma falou mais alto nos últimos tempos – a lei seca. Números do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que os acidentes de trânsito diminuíram na maioria das capitais brasileiras. A bebida ficou por conta do carona, o que levou muitos a modificarem hábitos, tornando a direção mais segura.
A IMPRUDÊNCIA tem sido o maior fator dos acidentes, gerando uma onda de violência preocupante. A velocidade, comungada com a bebida, não dá certo. E não adianta a fiscalização nas estradas, pois a mesma é insuficiente para coibir a combinação. Apesar de tudo, a Polícia Rodoviária Federal aponta um aumento dessas infrações. Resultado: mais acidentes, mais prisões.
OS DADOS revelam que os motoristas, principalmente os do Rio, decidiram cumprir o Código do Trânsito Brasileiro e agora estão colhendo os resultados. Em boa hora, após a lei, houve uma tomada de consciência dos riscos de se combinar a bebida com o volante. Aos poucos, num esforço conjunto, a sociedade está conseguindo reverter o quadro de acidentes, em nome da segurança de todos, motoristas ou não.
HOJE EM DIA, inclusive em Nova Friburgo, por conta da irresponsabilidade de alguns, não se pode afirmar com segurança que retornaremos a nossos lares ao fim do dia. Isto vale para o trabalhador, o estudante ou o idoso. A imprudência atinge não apenas os motoristas e hoje milhares de pessoas terminam vitimadas pelo erro dos outros.
O GOVERNO municipal mostrou que o trânsito é uma das prioridades do cidadão e está procurando as melhores soluções. Além das medidas operacionais, a educação do trânsito não deve ficar ausente das políticas públicas para o setor. O assunto faz parte do contexto moderno, no qual o automóvel não deve ser utilizado como arma e nem o asfalto como um campo de batalha. O compromisso não é só do motorista. É da autoridade também.
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