Editorial - Campanha para o bem

sexta-feira, 09 de outubro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

SEM O alarde da propaganda que invade a mídia com vistas às festas de fim de ano, organizações não governamentais de Nova Friburgo já iniciaram os preparativos para suas campanhas de Natal, não pelo consumismo desenfreado e, sim, pela sensibilização da solidariedade humana numa época propícia para isto.

AS ONGs estão conscientes de que o sucesso de seus projetos depende obviamente, da boa vontade dos friburguenses. E as expectativas são as melhores possíveis, devido à benevolência do cidadão, que sabe da importância de sua doação, num quadro social complexo, onde a presença do Estado nem sempre supre as necessidades mais elementares.

MUITAS campanhas e eventos estão sendo programados e as pessoas físicas e empresas estão sendo instadas a darem sua contribuição, pois além do valor material de suas doações, exaltam a responsabilidade social da qual o friburguense muito se orgulha. É conhecida a solidariedade dos munícipes, principalmente em relação às organizações que prestam um efetivo serviço aos carentes do município.

EXEMPLOS de boas campanhas que costumam envolver milhares de pessoas foram desenvolvidos nas cidades, como o Natal sem fome, criado pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e que atrai um grande número de voluntários e doadores. Igualmente, as ações de mobilização de entidades friburguenses permitem a manutenção de serviços indispensáveis, suprindo as famílias com um benefício que o Estado nem sempre oferece.

PARA ESTE ano, os esforços serão, novamente, desafiadores e o sucesso das campanhas depende em grande parte da boa vontade da comunidade. É inegável que as práticas filantrópicas vêm amadurecendo em Nova Friburgo. Cresce a consciência de que esse tipo de ação deve ser constante, persistente e com compromisso. Cresce também entre o empresariado a visão de que uma prática socialmente responsável traz ganhos para o seu negócio, sua imagem e, principalmente, para a sociedade.

ATRAVÉS do voluntariado está sendo possível construir uma sociedade mais justa e a participação de todos é fundamental. Apesar do desenvolvimento econômico e de toda a colaboração que a sociedade proporciona aos menos favorecidos, o Brasil ocupa um dos primeiros lugares no mundo em termos de desigualdade social e distribuição de renda.

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