REALÇA na paisagem friburguense, principalmente no centro da cidade, o número de prédios restaurados e reformados, valorizando a imagem, principalmente na Praça Getúlio Vargas. Patrimônio tombado, a praça deve servir de cartão-postal de uma cidade que mantém firmes os laços com a cultura e a história e agora mais ainda com o turismo. O tratamento que as antigas residências e estabelecimentos comerciais em seu entorno estão recebendo, resgata uma arquitetura de época, integrando-se à sombra dos centenários eucaliptos de uma das maiores praças públicas do estado do Rio.
COMÉRCIO e residências aderem aos poucos à ideia de realçar o seu patrimônio, de forma a oferecer à cidade um pouco de sua história, mantendo assim viva a cultura friburguense. As iniciativas ainda são modestas e vêm aos poucos concretizando a intenção de restaurar o centro da cidade transformando aquele conjunto de prédios num momento da história do município criando uma harmonia com a beleza da praça.
ASSIM COMO aquele conjunto, outros bens patrimoniais, alguns até mesmo tombados, formam um conjunto importante na arquitetura e na história de Nova Friburgo que podem receber uma manutenção mais regular. Como exemplo a Praça do Suspiro, que somente agora está sendo remodelada, e a fonte lá existente, descaracterizada com a inclusão de inúmeras placas e homenagens, desfigurando a imagem original que valorizava a singeleza de seus veios d´água. Ou a centenária igreja de São Sebastião, em Lumiar, ou a velha estação de trem em Riograndina.
MUITOS prédios que retratavam a nossa história cederam ao longo do tempo à pressão imobiliária e foram abaixo. Outra vez optaram por demolir diversos imóveis de valor arquitetônico que hoje comporiam com elevada imponência a arquitetura dos séculos XIX e XX no município. Porém, o que resta deve ser mantido para que não percamos um importante elo com nosso passado. Os que hoje restauram seus imóveis merecem, pois, o reconhecimento, em respeito ao passado e voltado para o embelezamento da cidade.
IGUALMENTE, cabe ao poder público agir em defesa de seu patrimônio. Prédios e logradouros devem continuar a merecer a atenção dos que se preocupam com o assunto, inclusive os membros do Conselho Municipal de Cultura, a fim de se avaliar o tratamento dado e as possíveis propostas de revitalização. As imagens divulgadas pela cidade, de uma Nova Friburgo antiga, mostram que não haveria conflito com o passado histórico, mantendo a beleza de seus padrões originais ao tempo em que convive com os novos valores da modernidade.
A FALTA de dinheiro para a cultura não tem sido novidade na administração pública brasileira. Tentar resgatar, ainda que minimamente, o patrimônio histórico de Nova Friburgo através de verbas ou de incentivos, já seria um bom passo para a valorização desse patrimônio. A lei de incentivos à cultura com benefícios para a manutenção de prédios de valor histórico ainda não existe e com ela a cidade teria chances de preservar o passado e elevando a autoestima da população, que afinal se beneficiaria de um bem de inestimável valor.
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