EDITORIAL - Atenta com o clima

quarta-feira, 14 de maio de 2014
por Jornal A Voz da Serra

ESPECIALISTAS e ambientalistas em todo o mundo, principalmente os da Nasa, estão dando um alerta contra os desmatamentos e o aquecimento global, com mais ênfase na Artártida. Por lá, o degelo está preocupando as autoridades com relação à elevação do nível do mar, que pode subir neste século a 1 ou — os mais alarmistas — até a 2 metros. E falam ainda da fragilidade dos rios em todo o mundo, principalmente os da Amazônia, em decorrência das queimadas e de outros fenômenos.

NAÇÕES desenvolvidas, em desenvolvimento e subdesenvolvidas se encontram em estado de permanente preocupação para evitar a emissão dos gases causadores do aquecimento global. Os governantes são "os caras” capazes de limitar o efeito estufa no planeta. A chance de um final feliz ainda está distante, porém, o esforço conjunto aponta para a necessidade imediata de se tomarem medidas preventivas.

LOCALMENTE, no caso friburguense, as preocupações guardam as proporções da tragédia ora anunciada, porém, o município faz parte do conjunto das 5.564 cidades do país que sofrem os efeitos das queimadas, a vilã brasileira causadora do aquecimento global. A preocupação torna-se maior quando se constata que as matas friburguenses são dominadas pela Mata Atlântica.

NO ESPLENDOR de seu primitivismo, a vegetação ocupava 1 milhão e 300 mil quilômetros quadrados das terras brasileiras, margeando o Oceano Atlântico, estendendo-se por quatro regiões do país. Hoje, restam apenas 100 mil quilômetros quadrados, sendo um pedaço em solo friburguense. No entanto, nosso rico patrimônio, embora pequeno, não está fora do alcance dos incêndios florestais e da devastação provocada pelo homem.  

A CONSERVAÇÃO e preservação em Nova Friburgo, alinhada com as demais áreas de Mata, é de fundamental importância para a manutenção do equilíbrio ecológico da região como um todo. Ainda que fragmentada, ela assume um papel estratégico em nossas vidas, já que contribui de forma decisiva na regulação do clima e regime de chuvas, sem falar na fertilidade dos solos, encostas e, especialmente, garantindo os mananciais que abastecem boa parte das populações em sua área de abrangência. 

COM UMA crescente participação da sociedade civil organizada na preservação ambiental, já podemos sentir uma desaceleração no processo de destruição dos nossos ambientes naturais, o que gera uma expectativa favorável de sua continuidade para as futuras gerações. Porém, nunca é demais permanecermos atentos às agressões ambientais que põem em risco a manutenção da área de nossa Mata Atlântica. Nova Friburgo está no clima, está atenta. E deve continuar assim.

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