Editorial - Assunto inconveniente

terça-feira, 10 de agosto de 2010
por Jornal A Voz da Serra

O PEDIDO de interdição do necrotério do Instituto Médico Legal de Nova Friburgo (IML) feito pelo Ministério Público à Justiça semana passada vem se somar a outros pleitos existentes para a reestruturação dos serviços de segurança pública prestados no município e na região Centro Norte fluminense. Impasses de toda ordem continuam a impedir que tais serviços sejam remodelados, melhorando assim o atendimento à população.

O DEBATE se arrasta há anos e não se consegue chegar a um denominador comum que garanta a Nova Friburgo possuir os mesmos serviços em consonância com a política estadual de segurança, como vem ocorrendo em todos os municípios do estado do Rio. A cadeia pública, o presídio, o IML, a delegacia legal, a delegacia da mulher e tantos outros serviços continuam emperrados, à espera de definição. Nova Friburgo, infelizmente, está na contramão de outras cidades que dispõem dos serviços.

DEPUTADOS da região já se empenharam junto às autoridades para apressar as soluções, mas até agora seus pedidos não surtiram efeito. Embora polêmicas, as obras tornam-se necessárias à modernização dos serviços da Polícia Civil, beneficiando consequentemente toda a população.

NÃO É A primeira vez que A VOZ DA SERRA levanta a questão dos equipamentos de segurança pública do município. Há muito tempo o assunto se arrasta sem uma solução definitiva. O governo estadual quer, o municipal, também, mas a questão permanece envolta em indefinição. Enquanto isso, a sociedade e os próprios servidores públicos continuam convivendo com instalações inadequadas e ambientalmente insalubres.

A SEGURANÇA faz parte do conjunto de serviços que o Estado é obrigado a prestar à sociedade e não pode prescindir de um aparato que garanta essa proteção, seja ele através do efetivo policiamento, seja em atendimento à população. Tal conjunto de atividades deve estar em consonância com as exigências da sociedade, o que não ocorre no município.

PARA QUE a cidade não continue sem a devida estrutura de segurança pública, é necessário um esforço que vai além das fronteiras friburguenses. Será preciso vontade política das nossas autoridades estaduais e municipais, unindo-se em torno de um legítimo interesse da sociedade. E, preferencialmente, agindo com a rapidez que o assunto exige, pois infelizmente nem os mortos podem esperar mais.

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