O AUMENTO dos casos de dengue em muitos estados, a proximidade do verão, as chuvas e, agora, a confirmação de três casos de dengue tipo 4 no Brasil trouxeram à tona a preocupação das autoridades do Ministério da Saúde e de especialistas sobre a doença no país. E o mosquito não preocupa somente o governo federal. De janeiro a julho, o estado do Rio registrou 16.289 casos com um aumento de 183% de infectados em comparação a 2009.
LEVANTAMENTO realizado pela Secretaria estadual de Saúde em 67 municípios apontou que 46% deles estão em nível de alerta para a ocorrência de surto ou epidemia; 48% estão em situação de baixo risco e 6% em situação de alto risco. Nova Friburgo, felizmente, não sofre risco preocupante.
A PREFEITURA tem informado que pacientes infectados com dengue chegam em sua maioria de outras cidades e buscam o Hospital Raul Sertã para tratamento. Para muitas cidades vizinhas, é muito mais cômodo e seguro tratar a doença aqui no município, pois este possui melhor infraestrutura de saúde que as cidades de menor porte.
A DOENÇA, que virou epidemia na capital em 2008, tem mobilizado autoridades federais estaduais e municipais e mostrou que o desleixo da prefeitura do Rio, aliada à desatenção da população com os métodos preventivos não dependem apenas das responsáveis oficiais. O mosquito é de todos.
É INCORRETO afirmar que o mosquito da dengue não sobe a serra. Tal fato ocorre sim, porque são várias as formas da dengue e a temperatura não faz diferença nem se torna uma blindagem contra o avanço da doença. O que impede a doença é a prevenção, que vem sendo feita não apenas pelos agentes de saúde mas, também, pelo grau de conscientização da população.
O ESTADO do Rio não está imune ao avanço da doença. Campos e outras cidades já estão sofrendo os efeitos do mosquito e não se vê nenhum sinal de que a doença vá regredir. A dengue ainda provocará muitos casos, inclusive de morte, exigindo-se, portanto, medidas curativas e preventivas, para que no ano que vem a população não venha a sofrer novo transtornos.
A CADA chuva aumentam os focos de transmissão, o que poderá também ocorrer em Nova Friburgo. Apesar de estarmos ainda no inverno, o trabalho de prevenção deve continuar permanentemente. Afinal, mosquito não tem hora nem vez para atacar e não respeita as faixas econômicas da população. Todo o cuidado é pouco.
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