OS VEREADORES que fecham o terceiro ano de seus mandatos, infelizmente, não conseguiram corresponder às ansiedades da população. A rotina da Câmara foi atabalhoada pelas mudanças de governo, CPI, crises políticas, e quase não houve espaço para a grande tarefa da reconstrução exigida pelos acontecimentos.
O PODER Legislativo deve trabalhar em harmonia com o prefeito, tendo em vista uma série de desejos comunitários, cujos interesses foram defendidos pelos vereadores durante suas campanhas eleitorais. Investidos da autoridade, agora têm mais um ano para aproveitar a oportunidade de pleitear ou mesmo criar aquilo que propuseram.
NESTA complicada relação, é necessário manter a autonomia política do Legislativo, sem, contudo, criar obstáculos que prejudiquem a administração pública municipal nem contrariem a lei. Votar a favor ou contra determinado projeto de lei, de interesse coletivo, não significa necessariamente apoiar o governo e, sim, expressar a própria opinião, garantida pelo apoio que os 12 vereadores tiveram das urnas.
NOVA Friburgo não pode andar na contramão do progresso e, apesar da crise financeira e da reconstrução, ainda tem muita coisa para fazer. As propostas do governo, com ênfase na união das forças, juntamente com medidas de antigas reivindicações ainda não apreciadas pela Câmara, deverão passar pelo crivo dos vereadores e, em grande parte, o sucesso dos projetos caberá ao Legislativo, aprovando as novas medidas.
PARA O cidadão comum, a atuação dos vereadores é assunto que foge ao seu cotidiano. Mas no conjunto dos trabalhos da municipalidade, trata-se de evento que pode se constituir em mais um aliado para a melhoria do serviço público. O prefeito Sérgio Xavier tem um desafio pela frente e precisa contar com o apoio dos vereadores para continuar o trabalho interrompido. E nem poderia ser diferente. Afinal, são eles que dão legitimidade ao governo. É assim que se constrói a democracia.
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