Editorial - Acerto e erro

quarta-feira, 11 de agosto de 2010
por Jornal A Voz da Serra

NÃO DEU certo a modificação no trânsito para evitar maiores congestionamentos na pista da RJ-116 com a inversão da mão da Rua General Osório, seccionando-a para permitir o acesso à Rua Aristão Pinto, no centro da cidade. Motoristas se perdem em caminhos tortuosos para se atingir destinos que, antes, eram cumpridos sem grandes interferências, apesar do volume de veículos que trafegam em Nova Friburgo.

A MEDIDA da Autran não conseguiu agradar motoristas, passageiros de ônibus, moradores e usuários das imediações do trecho modificado, causando um problema maior que havia antes da alteração. O que era ruim ficou pior, e o que se observa agora são enormes congestionamentos em busca de um único caminho para o Centro. Resultado: mais filas e engarrafamentos.

A AVENIDA Euterpe Friburguense tornou-se caminho obrigatório para os milhares de estudantes que frequentam as escolas na Rua General Osório, que, além de saturada pelo trânsito diário da RJ-116, ainda recebe o fluxo enorme dos veículos e das linhas de ônibus que se destinam aos colégios, aumentando ainda mais a confusão. Até os usuários do Hospital Raul Sertã condenam a mudança.

A RUA General Osório é marcada pelo grande número de edifícios e residências, clínicas, consultórios médicos, hospitais e laboratórios, além de escolas, que levam muita gente a circular por ela diariamente. É uma tradicional rua de usuários e moradores e não deve ser transformada em pista de passagem, com todos os inconvenientes que a medida causa.

NÃO SERÁ apenas com a inversão de mãos nas ruas da cidade que o trânsito de Friburgo ficará melhor. Um significativo número de automóveis entope as poucas vias de circulação, somando-se às motocicletas, ônibus e caminhões que saturam as pistas com poucas vagas e uma fiscalização incipiente.

NÃO DEVEMOS imaginar uma solução antes de questionarmos a política de transporte no município, pois o trabalho deve ser integrado e participativo. Outras soluções devem ser acrescentadas ao debate, como a melhoria das pistas, a implantação da bilhetagem eletrônica pela FAOL e, importantíssima, uma campanha de educação no trânsito para os friburguenses, conscientizando-o do problema que está longe de ser resolvido e contando com o seu envolvimento.

NOVA FRIBURGO está sendo divulgada como um “município parque” por sua área de Mata Atlântica, etc. Porém, as questões urbanas, como o trânsito, impedem que isto se concretize, pois a qualidade de vida do friburguense ainda esbarra nestas dificuldades. Devemos integrar os esforços para um resultado comum. Medidas paliativas não resolvem.

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