Editorial - A passos largos - 6 de maio 2011

sexta-feira, 06 de maio de 2011
por Jornal A Voz da Serra

É DO conhecimento de toda a população o quadro de dificuldades enfrentado pela administração municipal para colocar a cidade de volta à normalidade. De todos os lugares as demandas são maiores que a capacidade do governo para dar conta da gigantesca tarefa de reconstrução de Nova Friburgo.

lamentar não é resposta para diversos setores que, enquanto aguardam liberações de verbas, buscam cumprir as suas atribuições e ainda destinam tempo à captação de parceiros dispostos a somar os esforços para o bem comum. Este, no momento, é o caso da Secretaria de Educação, que sentiu os efeitos da tragédia, mas procurou a saída para não prejudicar milhares de alunos da rede municipal.

ALÉM de manter a estrutura física da rede pública abrigando com segurança os estudantes, a secretaria promove a qualidade do ensino com vistas à formação de novas gerações através de um quadro de professores atualizados e comprometidos com a questão educacional. E avança na informática a serviço do ensino beneficiando uma importante parcela da população

O ESFORÇO do secretário Marcelo Verly, contudo, esbarra nas intermináveis discussões sobre a questão salarial do magistério frente às responsabilidades de formar ainda que tardiamente gerações capazes de aproveitar as possibilidades que a economia brasileira sinaliza para os próximos anos. Não há o reconhecimento por tamanho compromisso e as dificuldades não ficam apenas na questão salarial.

OS BAIXOS salários pagos ao ensino público são incompatíveis com os compromissos mundiais do Brasil em diversos setores do desenvolvimento econômico. A educação não vem acompanhando o crescimento e não tem investido prioritariamente na qualificação da população. Para quem tem pressa de crescer, o desafio, portanto, é enorme.

MAIS ainda para Nova Friburgo, que sofreu sérios transtornos, ainda enfrenta a morosidade para a liberação das verbas da reconstrução e não prevê um caminho curto para retornar à sua normalidade. A saída está na educação, capaz de vislumbrar um horizonte melhor para as crianças friburguenses. É preciso correr contra o tempo para não impedir a realização do sonho de todas elas.

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