Destino certo
O BRASIL deu um passo importante em sua política ambiental, ao criar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, durante o governo Lula, estabelecendo um marco regulatório na área de resíduos sólidos. A lei faz a distinção entre resíduo, que pode ser reaproveitado ou reciclado, e rejeito, que não é passível de reaproveitamento. A lei se refere a todo tipo de resíduo.
A NOVA política pretende incentivar a reciclagem de lixo no país e o correto manejo de produtos usados com alto potencial de contaminação. Entre as novidades na nova lei está a obrigatoriedade de os fabricantes, distribuidores e vendedores recolherem embalagens usadas. A medida vale para materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos.
DURANTE mais de 20 anos o projeto tramitou no Congresso Nacional até que fosse aprovado e finalmente sancionado no ano passado, estabelecendo a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabilizando toda a sociedade pela geração de lixo. A legislação também determina que as pessoas façam a separação doméstica nas cidades onde há coleta seletiva. Catadores e a indústria de reciclagem receberão incentivos da União.
OS AVANÇOS da política ambiental brasileira beneficiam de fato Nova Friburgo, incentivando a um maior cuidado com o rico patrimônio natural que o município possui. O cuidado com o lixo é uma extensão da preocupação da sociedade com a melhoria da qualidade de vida, com a alarmante situação ambiental em todo o planeta, a questão climática e a preocupação com o futuro dos nossos sucessores.
O LIXO reciclado em Nova Friburgo ainda está distante das atitudes ecologicamente corretas desejadas pela sociedade. Por questões diversas, da falta de interesse individual à coleta seletiva por todos os bairros, o município ainda não se adequou à nova prática. Para uma cidade com fortes vocações turísticas e ecológicas, tal atitude ampliaria ainda mais a imagem de Nova Friburgo por sua qualidade de vida.
A PARTIR da educação ambiental pode-se colaborar bastante para esta tomada de consciência. Porém, cabe aos governantes, políticos e planejadores a tarefa de liderar esta mudança, oferecendo alternativas que beneficiem a população, ao tempo em que cria mecanismos mais eficientes de proteção ambiental. É uma tarefa para todos nestes tempos de reconstrução.
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