Editorial - 18/02/2012

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

O FOLIÃO brasileiro ganhou um brinde extra na véspera do carnaval com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito da Lei da Ficha Limpa, considerando-a constitucional e válida para as eleições municipais deste ano. Com isso, diversos políticos ficam de fora do pleito de outubro, já que a decisão alcança casos anteriores à sua existência.

À DECISÃO somam-se as vozes iradas que se manifestam contrárias à postura de muitos políticos friburguenses que pretendem se candidatar em outubro próximo, num exercício da liberdade de expressão. Nada mais certo do que externar opiniões, principalmente num momento crucial para o futuro do município, quando elegeremos prefeito e novos vereadores.

É GRANDE a expectativa sobre o vencedor do pleito para o Executivo, sem falar na corrida a uma das 21 cadeiras da Câmara Municipal com a nova composição. E por conta deste período, arquitetam-se as estratégias de campanha, aumentam as críticas e os desaforos. É a guerra eleitoral que está começando.

CRÍTICAS aos candidatos existirão em toda a parte, questionando as propostas apresentadas, e cada um procura vender o seu candidato, realçando as virtudes e minimizando os defeitos. Nesta maquiagem política pratica-se a cidadania, respeitando as regras da convivência saudável e da concorrência política. A vitória de um significará a vitória de Nova Friburgo.

É BASTANTE conhecida do eleitor brasileiro a maléfica associação da mentira com a política. A dobradinha está em toda parte, nas campanhas eleitorais com as famosas promessas de candidatos aos acordos descumpridos dos governantes e mesmo a traição política. E mudar a natureza humana associada aos interesses materiais é tarefa difícil.

OS DIVERSOS escândalos que não foram punidos no Brasil mostram que a impunidade tem dominado a cena política, perdoando condenados que não deveriam fazer parte do conjunto de cidadãos que gerenciam e criam as leis no país. Porém, infelizmente, o perdão também se associa ao tempo que tudo apaga. Assim acontece também com políticos de passado nebuloso que hoje voltam ao poder pelas urnas da democracia.

PASSADO o Carnaval, o país voltará ao normal e neste ano mais uma vez iremos escolher governadores, prefeitos e vereadores. E, ao que parece, a velha mentira poderá voltará começando um novo ciclo de promessas e juras. Devemos continuar elegendo e reelegendo candidatos com o mesmo perfil político ou tentaremos outras lideranças na sociedade que possam nos representar, isentos do rótulo de ficha-suja?

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