SÃO POUCOS os projetos de revitalização urbanística existentes na cidade neste período pós-tragédia. Nossas praças ainda carecem de plantio de flores, de embelezamento e de revitalização. E são poucas as interferências para que as mesmas se transformem em agradáveis pontos de encontro da comunidade.
OS CANTEIROS, além de embelezar e agradar turistas e friburguenses, simbolizam, embora modestamente, um destaque da importância da flora brasileira e a friburguense especificamente, num município que detém a totalidade de seu espaço em áreas de preservação ambiental. Nova Friburgo é uma privilegiada cidade de Mata Atlântica de altitude e conserva o que há de mais precioso nos dias atuais—recursos naturais.
ESTIMA-SE que o Brasil detenha cerca de 15% de toda a flora mundial e milhares de espécies de plantas raras ao longo do território nacional. A Região Sudeste é a que apresenta a maior média, com destaque para o estado do Rio de Janeiro. Neste percentual certamente as florestas de Nova Friburgo se inserem com uma boa parcela. Motivo, pois, de orgulho e preocupação. Afinal, poucas cidades conservam o seu patrimônio natural com esta exuberância e raridade.
O MUNICÍPIO, devido à sua dimensão e situação geográfica, tem sido alvo de pressões para a utilização de seu patrimônio natural que vão do uso não sustentado de seus componentes, a retirada da vegetação para a agricultura e o avanço imobiliário, revelando uma busca pelo crescimento econômico nociva ao meio ambiente e ao próprio homem. Tais atitudes formam um novo desafio aos governantes para promover políticas de desenvolvimento socioambientais e encontrar alternativas para o modelo usado até agora.
O PAÍS VIVE o dilema de se desenvolver conservando os bens naturais. Trata-se de momento especialmente crítico com a iminência do aquecimento global. Pela riqueza da flora nacional, precisa utilizar estratégias de desenvolvimento que melhorem a qualidade de vida da população conservando a nossa biodiversidade.
NOVA Friburgo, seguindo o ditado “pense globalmente, aja localmente”, deve se espelhar nessas alternativas para preservar o patrimônio natural, promovendo, assim, a nossa própria sobrevivência.
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