Sem dúvida, Eda Cassano é uma das grandes personalidades do carnaval friburguense. Mas a vida artística dela começou bem antes disso. Filha mais nova de sete irmãos, Eda perdeu a mãe muito cedo, o que a levou a um colégio interno em Goiânia. Dali a jovem seguiu para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde teve aulas de dança até ser descoberta por Walter Pinto e se tornar vedete das Revistas Musicais, trabalhando inclusive com Carlos Machado. Esteve nas montagens de "Bubu no Bobó”, "Xique Xique no Pixoxó”, "Vem Quente Que Eu Estou Fervendo”, "Elas Mandam Brasa” e "My Fair Lady”.
Seu talento levou-a a participar de diversos programas de televisão, entre eles Flávio Cavalcanti e Carequinha, na Tupi, Praça Onze, de João Roberto Kelly e Programa da Dercy Gonçalves, na Globo, além de outras atrações na Excelsior e TV Rio. Tornou-se uma das Certinhas do Lalau, sendo convidada a desfilar pela Salgueiro. Apaixonou-se pelo carnaval.
Veio para Friburgo ao se casar com um italiano que abriu aqui a Giovanni Livros. O casal foi convidado a participar da Vilage no Samba, ajudando até mesmo na construção da sede da escola. A filha, Rosangela, sempre junto. Tornou-se figura obrigatória no carnaval da cidade, fosse desfilando por agremiações ou participando de concursos de carnaval. Desses últimos, chegou a receber o título de hors concours da categoria
luxo feminino. Atualmente participa do carnaval da Imperatriz de Olaria, onde, segundo ela, é sempre bem recebida, já que a agremiação é "uma família”. Considera que a importância do carnaval vá muito além dos quatro dias de folia, uma vez que proporciona empregos para costureiras, músicos, ferreiros, entre outras profissões.
luxo feminino. Atualmente participa do carnaval da Imperatriz de Olaria, onde, segundo ela, é sempre bem recebida, já que a agremiação é "uma família”. Considera que a importância do carnaval vá muito além dos quatro dias de folia, uma vez que proporciona empregos para costureiras, músicos, ferreiros, entre outras profissões. "O melhor de tudo: possibilita-nos criar amigos. Criei minha filha numa quadra de escola de samba. Fiz vários destaques (fantasias) para outras pessoas, ganho dinheiro, amigos, momentos felizes e colaboro com a cultura popular”, ressalta Eda.
Saudades dos carnavais passados
Depois de muitos carnavais, Eda diz sentir saudades de antigamente. "Infelizmente, grande parte do carnaval de Nova Friburgo está sendo comprado pronto de agremiações fora do município. Isso faz com que os enredos fiquem desfalcados, de certa forma. Sinto falta, por exemplo, das alas continuadas, que eram representadas por famílias. Tinha a Ala dos Casais, Ala da Portela, Ala do Tufik Millet, Ala dos Bandeirantes, do Helinho Cunha”, conta. "Sinto falta da continuidade da história daqueles que fundaram as escolas, também dos destaques de carnaval que não participam mais e do respeito aos hors concours, que se perderam na memória de muitos que realizam os festejos de Momo. Saudades dos blocos de embalo e de enredo do passado. De Finha e sua equipe, do Brasil com Z, Bloco dos Malas, Banda dos Motoqueiros e Dragões Alcoólatras. Nas segundas, a gente assistindo Eduardo Rodrigues, Baiano e Iram Manduro e muitos amigos queridos ‘desfilando’ na calçada do Majórica”, recorda a ex-vedete. "O bom de tudo é que estamos aqui para continuar a história e, quem sabe, motivar outros carnavais”, concluiu.
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