Economia doméstica: a chave é a reeducação financeira

Como não começar – e continuar – o ano no vermelho
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
por Jornal A Voz da Serra
Economia doméstica: a chave  é a reeducação financeira
Economia doméstica: a chave é a reeducação financeira

Os presentes e ceias de Natal, Réveillon, início de verão, viagens, férias e... as dívidas! Pior, no início do ano ainda tem o IPVA, IPTU, matrícula e material escolar. O que fazer para não começar o ano devendo e se enrolar financeiramente até dezembro? Dívida pode ser uma bola de neve se você não controlá-las. 

Existem várias dicas, sites, livros, matérias jornalísticas, teses, estudos sobre economia doméstica e orçamento pessoal. É só pesquisar na internet que você, com toda a facilidade, vai encontrar informações a respeito. O ideal é que a pessoa conheça rigorosamente os seus gastos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o gasto padrão com habitação e moradia das famílias brasileiras é de 30%. Já a alimentação é responsável por 25%; saúde e cuidados pessoais ficam com o percentual de 12%; educação e cultura, 8%; transporte, 15%; vestuário, 5% e despesas diversas com outros 5%. É claro que estes índices podem variar de acordo com cada pessoa. Mas será que todo mundo sabe exatamente para onde vai o dinheiro do mês?

Para auxiliar nessa tarefa existem planilhas que podem ser utilizadas, não só para analisar os custos, mas também como uma ferramenta para o próprio controle de gastos e para um eventual – e compensador – planejamento para se guardar dinheiro.

Na internet é possível também assistir vídeos sobre educação financeira. No site da BM&FBovespa (www.bmfbovespa.com.br), por exemplo, o tópico "Educacional”, "Orçamento Pessoal” é composto por vídeos distribuídos em três partes: "Saia do vermelho”, "Cuide do orçamento” e "Poupe para o futuro”.

A primeira começa propondo uma análise: qual o padrão de vida cabe no seu bolso. E segue abordando as falsas economias, ou seja, aquelas compras – inclusive de promoções – que na verdade são verdadeiras armadilhas para aumentar o consumo. É o famoso "barato que sai caro”. São abordados ainda os assuntos: "Cuidado com o crédito informal”, "Dívidas: saindo do poço”, "Planejamento financeiro: como fazer para sobrar dinheiro”, "Por que fazemos dívidas”, "Nome sujo, e agora?”, "Usando bem o crédito” e "Como sair das dívidas”.

Já na segunda parte – "Cuide do orçamento” – os temas dos vídeos são: "O impacto das decisões” (que aborda a necessidade de uma análise consciente de realizar despesas, como festas de casamentos e aniversários e as consequências pós-evento), "Como realizar sonhos em médio prazo”, "Projeto ano novo: seu futuro financeiro”, "Dicas para o 13º salário e caderneta de poupança”, "Planejamento financeiro: orçamento pessoal e familiar”, "Planejamento financeiro: como fazer para sobrar dinheiro”, "Como fazer para sobrar dinheiro. Onde e como cortar”. Neste último vídeo, há exemplos práticos de como cortar pequenos gastos diários que se transformam num bom dinheiro no fim do ano. Por exemplo: se a pessoa consegue economizar dois reais do cafezinho, deixará de gastar R$ 60 em um mês e R$ 720 em um ano. Até a merenda escolar do filho serviu para mostrar como cortar custos. Se a criança gasta diariamente R$ 5 na cantina da escola, o custo mensal (22 dias), será de R$ 110. Já se levar a merenda de casa, este custo pode chagar a metade, ou seja, R$ 55,00. Se os R$ 66,00 de economia feita mensalmente for investidos (a 6% ao ano), por um período de 13 anos, que é o tempo que a criança passa em média na escola, chega-se a um valor de R$ 15.361,18, o que pode ajudar no pagamento da faculdade. Há outros exemplos práticos no vídeo, todos que remetem ao nosso dia a dia aos nossos hábitos. Ou seja, é uma questão de reeducação. 

Na terceira parte, "Poupe para o futuro”, os assuntos abordados são voltados para os investimentos: "Poupar pra quê?”, "Jovem, a Bolsa é pra você”, "Perfil de investimentos”, "Diversifique seus investimentos”, "Compra e venda programada”.

Independente do objetivo da pessoa – pagar as dívidas, guardar dinheiro, investir – o fundamental é que se tenha conheça, item por item, os gastos mensais e, a partir daí se faça um controle racional do dinheiro. Vale lembrar que esse orçamento pessoal é igual à dieta: não adianta se empolgar com uma modalidade e achar que, milagrosamente, atingiremos nosso objetivo. Assim como para emagrecer de uma reeducação alimentar, contínua e saudável, uma boa economia doméstica exige uma reeducação financeira. Esta é uma boa dica para ser posta em prática neste começo de ano. 

 

O desafio das 52 semanas para poupar dinheiro

Não é raro surgir fórmulas – algumas inacessíveis – para se juntar dinheiro. Principalmente quando está iniciando um ano. A chamada "vaquinha” na empresa, o velho e bom porquinho (cofre) em que devemos colocar as moedinhas dos trocos ou, quem sabe, uma moeda de um real todos os dias. E por aí vai...

Recentemente, foi compartilhado no Facebook o chamado "desafio das 52 semanas para poupar dinheiro”, publicado pelo designer de interface digital Marcus Pessoa – marcuspessoa.com.br/desafio-das-52-semanas-para-poupar-dinheiro.

O desafio funciona assim: a cada semana do ano, contando a primeira de janeiro, a pessoa deposita na poupança uma quantia que cresce gradualmente, começando por um real. Ou seja, um real na primeira semana do ano, dois na segunda, três na terceira e assim por diante. Então, em janeiro será depositada a quantia de R$ 10. Fevereiro começa com R$ 5 e na última semana do ano deverão ser depositados R$ 52.  Ao final, a pessoa terá R$ 1.378,00.  



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