Jorge Picciani
Empresas, universidades e governo trabalhando juntos pelo desenvolvimento do estado. Há alguns anos, este conceito pareceria avançado demais. Mas hoje, com o avanço de nossa legislação, esta prática tende a se tornar cada vez mais comum, trazendo benefícios diretos à população.
Em fevereiro deste ano foi regulamentada a Lei de Inovação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro. Fruto de um amplo debate, a lei aproxima universidades e empresas, permitindo que elas trabalhem em projetos conjuntos de desenvolvimento tecnológico. Desde o início de sua formulação, que é de responsabilidade do Poder Executivo, o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro – formado pela Assembleia Legislativa e por mais 28 entidades e universidades – tem participado deste processo. E, depois de aprovada e sancionada, continuamos acompanhando até a sua regulamentação que é o que faz a lei ‘valer’ e poder ser posta em prática.
Por meio da Câmara Setorial de Tecnologia, formada por um grupo técnico de representantes das universidades públicas e privadas, dos centros de pesquisa (Redetec) e das entidades que representam a Indústria, (Firjan e IBP), o comércio (Fecomércio e ACRJ), e as micro e pequenas empresas (Sebrae), promovemos uma audiência pública para recolher sugestões de aperfeiçoamento do texto. Posteriormente, debatemos com a Faperj (Fundação Carlos Chagas de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e com representantes da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, e contribuímos para aperfeiçoar o texto de regulamentação.
Vocação para fazer desta iniciativa um vetor de desenvolvimento temos de sobra. O Rio de Janeiro é o estado que concentra o maior número de universidades e centros de pesquisa de todo o país, ao todo são 147. E esta aproximação entre a inteligência, representada por estas entidades, e o mercado, só pode ajudar no crescimento da nossa economia e a pavimentar o futuro. A economia do século XXI é a economia do conhecimento. Temos um potencial muito grande de expansão das indústrias de base tecnológica, como a indústria farmoquímica, de biotecnologia, de informática (software), dentre outras. As incubadoras de empresas, que nascem dentro da universidade, são um exemplo disso.
Estas ações, somadas à decisão do governador Sérgio Cabral de assegurar o repasse de 2% do Orçamento do Estado para a Faperj, foram essenciais para o avanço neste setor. Mas é preciso continuar a investir para fazer com que estas mudanças cheguem à população. Daí a importância dos programas para a divulgação e popularização da ciência, tecnologia e inovação e para a difusão de tecnologias em empresas e sociais.
Em um futuro próximo, estas iniciativas contribuirão para uma maior oferta de empregos para profissionais cada vez mais qualificados.
Jorge Picciani é presidente da Assembleia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro
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