Juliana Scarini
Começou ontem, 10, o Seminário Serrano de Economia Criativa no Teatro Municipal com palestras e abertura do evento com mesa composta por Vicente Bastos, representando a Firjan, Eliana Marinho, gerente de desenvolvimento de economia criativa do Sebrae-RJ, Elizabeth Maldonado pelo Centro Cultural da Energisa, Cristiano Braga, representante da Apex – Brasil (Agência Brasileira de promoção de Exportações e Investimentos), Marcos André, superintendente de Cultura e Sociedade da secretaria de estado de Cultura, o secretário de cultura do município, David Massena e Cláudia Leitão, secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura.
Além dos friburguenses que marcaram presença neste primeiro dia de seminário, pessoas de outros municípios como Trajano de Moraes, Duas barras, Bom jardim, Macuco, Teresópolis, Petrópolis, entre outros, estavam presente a fim de conhecer um pouco mais sobre economia criativa. A Banda Euterpe Friburguense também participou da abertura do evento.
Segundo Vicente Bastos, presidente do conselho regional da Firjan, a instituição já tem pensado e está começando a investir na economia criativa no município. Já Cristiano Braga, falou sobre a Apex-Brasil, que já tem dez projetos na área de economia criativa e que a atuação acontece em parceria com associações empresariais.
“A economia criativa mistura o novo e o velho e traz mais modernidade para o século XXI. O mundo está muito carregado de informação e de mudanças e estimular os pequenos negócios nesse contexto é o nosso foco. A economia criativa precisa de estímulos”, frisou Eliana Marinho do Sebrae. Marcos André , da secretaria de estado de Cultura, falou sobre o programa “Rio Criativo”, sua estrutura e os projetos desenvolvidos.
Já Cláudia Leitão falou sobre o potencial do país em desenvolver bons negócios e ser referência em economia criativa. “O Brasil é um celeiro de tecnologias sociais. Fazer o novo e o avançado é fazer o mais arcaico. O Brasil precisa compreender esse potencial de transformar o velho em novo”, argumentou Cláudia, lembrando do falecido ministro da cultura Celso Furtado que falava só insumo da criatividade e da importância de se construir uma economia com a cara do Brasil.
Cláudia ainda questionou sobre qual desenvolvimento o país deve assumir. “ O novo eixo do desenvolvimento será a cultura. A cultura tem responsabilidade de integração de políticas públicas. Está na hora do Brasil ter uma nova cara, uma nova marca. O ministério da Cultura não admite mais a velha indústria cultural”, frisou.
A primeira palestrante do dia foi Ana Carla Fonseca Reis, assessora em economia criativa para a ONU, consultora e conferencista internacional, administradora e urbanista, além de já ter palestrado em todos os estados brasileiros e em 22 países sobre criatividade e as soluções possíveis para as cidades. Ana Carla falou que a criatividade é uma invenção nova, fruto da contemporaneidade e, por isso, é preciso lançar um olhar sobre a criatividade.
“Estamos em meio a uma fascinante mudança de paradigma socioeconômico, a meio passo entre a herança do período industrial e o prenúncio de uma fase altamente calcada em valores intangíveis. Aproveitar ou não esse momento, lançando as bases para uma forma alternativa de desenvolvimento, depende apenas de nós. E de termos uma política pública francamente favorável à economia criativa”, escreveu Ana Carla em seu artigo para o Plano da Secretaria de Economia Criativa. Durante a a palestra ela também expôs que a criatividade deve ser voltada para a inovação.
“A economia criativa resgata a proposta de que a criatividade humana gera boas ideias”, enfatizou a Ana Carla. O Seminário continua nesta sexta com oficinas e workshops sobre os temas “Designing Your Creative Business”, “Software, novas mídias e o futuro da cultura digital” e “Redes produtivas e a criação de um distrito criativo”.
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