O Cineclube Lumiar faz duas sessões neste fim de semana. No sábado, 8, a partir das 18h, o destaque é a produção nacional de 2009 “Lula, o Filho do Brasil”. Dirigido por Fábio Barreto, o filme começa em 1945, no sertão de Pernambuco. Menos de um mês após Aristides partir para São Paulo com uma mulher bem mais nova, dona Lindu dá a luz ao seu sétimo filho: Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de Lula. Sem ter a quem recorrer, Lindu cuida da família sozinha. Três anos depois Aristides retorna, acompanhado de Sebastiana, sua filha. Uma semana depois ele parte mais uma vez, deixando o bebê e levando consigo Jaime, o segundo filho mais velho. Durante a seca de 1952 a família recebe uma carta de Aristides, chamando-a para viver com ele em São Paulo. Lindu vende tudo o que tem e viaja para São Paulo, junto com os filhos. Ao chegar descobre que a carta era falsa. Quem a escreveu foi Jaime, que já não aguentava mais os maus-tratos do pai. A família passa a viver em Santos, onde Aristides vivia com outra mulher e trabalhava como estivador. Vivendo em condições precárias, a família ainda precisa lidar com a crescente violência de Aristides. 130 minutos. 12 ANOS
No domingo, 9, a partir das 19h, é a vez do documentário nacional “Belo Monte – Anúncio de uma Guerra”, com direção de André D’Elia. Lançado neste ano, o documentário independente foi filmado ao longo de três expedições à região do rio Xingu, Altamira e arredores, São Paulo e Brasília. Apresenta imagens e fatos reveladores sobre a maior e mais polêmica obra em andamento no Brasil. O filme não deixa muita margem para dúvida sobre o desastre que será, sobretudo para indígenas, mas também para moradores de Altamira, a instalação da Usina de Belo Monte. Também não há margem para dúvidas sobre o número de pessoas interessadas nessa obra. Não fosse assim, a resistência não seria tão forte: desde 1989 os índios se armam para a guerra que o título do filme está anunciando. Impactos socioambientais foram subdimensionados pelo empreendedor, de modo que, ao contrário do que os defensores da usina divulgam, a energia gerada por Belo Monte é, na realidade, caríssima. Este alto preço se dá, igualmente, por força da alta importância do rio Xingu como fonte de água, alimentos e, principalmente, devido à preciosidade dos povos ancestrais que dele dependem para sobreviver. O documentário acompanha algumas das manifestações, as câmeras acompanham os rituais de preparação dos povos indígenas. 104 minutos. LIVRE
O Cineclube Lumiar iniciou suas atividades em 24 de fevereiro de 2008 com intuito de promover o acesso regular a obras cinematográficas, aliando-se à necessidade local de formação de público e desenvolvimento socioambiental da região de Lumiar. Atualmente as sessões são realizadas todos os domingos ao fim da tarde no Espaço Cultural Casa do Lago, no centro de Lumiar. Sessões ao ar livre e itinerantes também ocorrem no distrito, além de atividades relacionadas ao cinema, como mostras, oficinas e produção de vídeos.
Com apoio institucional do Cinemais Cultura, Ascine-RJ, Casa do Lago, CulturaNF e da Oficina-Escola As Mãos de Luz, a entrada para as sessões é gratuita.
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