O chefe de Obras e Conservação do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (DER) em Nova Friburgo, engenheiro Marcelo Brito, estima concluir nas próximas semanas as obras de reconstrução da galeria de captação das águas de chuvas na RJ-130 (Nova Friburgo-Teresópolis), bem em frente ao Hospital São Lucas, na altura do bairro Duas Pedras. A rede, situada a cerca de 15 metros de profundidade, é reconstruída com manilhas de concreto de um metro de largura ao longo de aproximadamente 140 metros de extensão. A nova galeria vai se unir à outra rede que capta as águas pluviais da encosta atrás do hospital e deságua no Córrego dos Mosquitos. Para isso é preciso abrir o piso tanto da pista da rodovia como da Rua Deolinda da Silva. Para não interditar totalmente a rodovia de intenso movimento, a obra naquele trecho tem sido feita por etapas. O sistema não capta esgoto doméstico, nem tão pouco hospitalar, apenas as águas das chuvas e de nascentes. Na operação atuam diariamente sete homens, uma retroescavadeira e uma escavadeira hidráulica do DER.
A obra, iniciada no fim de setembro, foi desencadeada após uma ação judicial da 3ª Vara Cível de Nova Friburgo, que determinou ao DER a interligação imediata da galeria subterrânea ao sistema de drenagem do hospital, que desde 2007 despejava as águas das chuvas sobre a pista devido a um afundamento no ponto de encontro dos dois sistemas de captação (galeria do hospital e do DER) provocado por uma forte tempestade de verão.
De acordo com o engenheiro responsável do hospital, Jorge Luiz Pinheiro, desde então um acordo feito com o DER garantiu que toda a captação das águas pluviais da encosta atrás do hospital desembocaria improvisadamente numa escadaria e, posteriormente, numa caixa de concreto junto à pista da rodovia, até que o Estado providenciasse a conexão desse sistema com a galeria do DER já existente. O acordo foi comunicado pela direção do hospital à Justiça que deu prazo de 45 dias para conclusão do serviço.
Com a obra espera-se também impedir o despejo de grande volume de água em dias de forte chuva sobre o acostamento e a pista da RJ-130 junto ao muro do hospital, já que devido ao afundamento em 2007, o volume das águas de chuvas acabava desaguando sobre o acostamento e a pista da rodovia, causando ainda críticas e reclamações de moradores, motoristas e de quem costuma passar por ali.
O Hospital São Lucas investe agora na construção de um grande e reforçado muro de concreto armado com mais de três metros de altura e outros cinco metros de fundação para conter possíveis deslizamentos da encosta. O engenheiro Jorge Pinheiro explica ainda que além da galeria já existente que capta o volume de água das enxurradas da montanha, o hospital termina a construção de uma galeria paralela de segurança com paredes de dois metros de altura e eixo de vazão com quatro metros de largura ao longo de 70 metros de extensão. Todo o volume captado será interligado a nova galeria do DER.
“Não estamos poupando esforços para evitar contratempos com os próximos temporais de verão. O que precisar ser feito nós iremos fazer para oferecer segurança e conforto aos nossos pacientes. Afinal, o Hospital São Lucas é da comunidade e ela merece o melhor”, atesta o diretor do hospital, o médico Hebson Deslandes.
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