Dos caracteres aos caraminguás, tudo na vida tem um preço...

domingo, 01 de março de 2015
por Jornal A Voz da Serra
Dos caracteres aos caraminguás, tudo na vida tem um preço...
Dos caracteres aos caraminguás, tudo na vida tem um preço...

Elisabeth Souza Cruz

Domingo, 1º de março... Embarco na estação Light na companhia de um "mago” e me dou conta de que para traduzir as surpresas, teremos em torno de quatro mil caracteres. Isso é uma prova de que estamos longe de apenas um grunhido. Enquanto a folha A4 for benevolente, resistiremos às previsões do mestre Saramago. "A desumanização do homem”, texto de Davi Roballo, impressiona pela tradução exata da rede que nos embaraça em tecnologias, nublando a humana "capacidade de abstrair”. Já não precisamos aprender a tabuada, porque a calculadora efetua 2+2 com a precisão do antigo ensino primário. Até o Google faz isso rapidinho. Hoje em dia, parece que pensar dói! Aliás, plagiando Ana Blue, entre os meus "cinquenta tons de esquisitice”, eu tenho mania de pensar e é assim que "deixo tudo nos conformes”. Penso logo. Existo!

Contudo, a "pós-modernidade” está aí e o pensamento não vai sair de moda tão cedo, porque lendo Diego Aguiar Vieira, o "hippie estiloso”, a gente percebe que é preciso ter muito raciocínio para escrever um texto tão moderninho e bem estruturado. Como "há um sem-número de pessoas lá fora escrevendo grandes obras”, aqui, dentro da edição, tem Gustavo Melo, com "Algo lindo, mas aniquilante”. Gustavo é coerente, pois o escritor tem esse poder de "exorcismo”, dando liberdade aos "fantasmas” numa folha de papel. Falando nisso, fantasma e encenação combinam muito e em "Cinema”, Antonio Fernando entra em cartaz e faz um espetáculo de apresentações de filmes que não ganharam o Oscar na categoria principal, mas ganharam fama universal. 

Nas delícias do pastel de feira, vamos levar meia dúzia deles para uma boa caminhada no "Anda Friburgo”. A temporada já começou pela antiga linha do trem, em Mury, sendo esse percurso o primeiro de muitos que serão programados, todos voltados para o desenvolvimento sustentável e social. Aproveitando a disposição física dos caminhantes, vamos até a Rua Dom João VI, que tem início no Cônego e segue até o bairro Cascatinha. A história desse rei tem ligação direta com Nova Friburgo e merece um brinde especial pelo decreto de aquisição da Fazenda do Morro Queimado. 

Em "Há 50 anos”, bem se vê que certas coisas não mudam. A manchete "Salário mínimo: decepcionante para o operariado”  é uma síntese de que assim como antigamente é a atualidade. Antiquíssimos também e com poucas mudanças no comportamento humano estão os pecados capitais, que podemos conferir em "Impressões”. Esses sete vilões nos perseguem e a gula parece ser o mais tentador, pois com tanta oferta de guloseimas, quem resiste? Na "Linha do Tempo”, Menalton Braff é concreto em suas considerações sobre o cimento – "a verdadeira fúria contra a nudez da terra...”. Impressionante e para profundas reflexões.

O corte dos eucaliptos é uma ferida aberta. Onde quer que aconteça uma reunião o tema é debatido acaloradamente e a insatisfação "roubou a cena” em reunião do Commam, o Conselho Municipal do Meio Ambiente. A prorrogação de contratos temporários trouxe certa tranquilidade aos 536 contratados, que terão a chance de manter suas funções até que venha o concurso público prometido para 2015. Os cartórios entram nos eixos e agora há uma legislação específica para tempo limite de atendimento e, dependendo do serviço solicitado, o prazo é estipulado, no máximo, em até 30 minutos. É bom conferir os detalhes.

A Campanha da Fraternidade é o tema em "Ponto de Vista” e o padre José Ruy realça a importância da quaresma como o tempo "propício para a reflexão e a oração”, com os ideais de fraternidade e caridade. Jorginho Abicalil deu seu recado e falou bonito sobre "Os libaneses”. Quanta gente lembrada, muito querida, que tem feito a história da cidade! No editorial, a mais nova pedra no sapato do friburguense: aumento da passagem de ônibus para R$ 3,30. Coletivos lotados, atrasados, falta de abrigos e outros desconfortos. O passageiro fica a ver navios, esperando por um tal de "milagre brasileiro” no seu bolso. Ainda bem que a esperança tem passe livre. Que sorte!


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