Dor de cabeça: um problema que atinge 70% da população

Cefaleia tem mais de 150 tipos, dificulta e até incapacita as pessoas de realizarem suas tarefas diárias
sexta-feira, 31 de maio de 2019
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
Dor de cabeça: um problema que atinge 70% da população

Você já ouviu falar em Maio Bordô? O mês passado foi o escolhido para lembrar a importância de combate às cefaleias, as conhecidas dores de cabeça que tanto importunam grande parte da população e precisam ser tratadas continuamente. Isso porque dor de cabeça não deve ser combatida apenas com algum analgésico. Ela tem causa, precisa ser investigada e tem tratamento. A cefaleia tem mais de 150 tipos, algo que dificulta e até incapacita as pessoas de realizarem seus afazeres diários.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), o problema atinge cerca de 70% da população, principalmente na faixa etária dos 20 aos 40 anos. Mas quando ela permanece durante dias pode haver algo de errado, que precisa ser investigado por um especialista. “A dor de cabeça é uma situação comum no dia a dia da maioria das pessoas. Para se ter uma ideia, mais de 90% da população vai ter dor de cabeça em algum momento da vida. Mas quando essa dor de cabeça passa a ser frequente e um analgésico comum não é mais suficiente para acabar com ela, aí é necessário procurar um médico. É ele quem vai indicar o tratamento mais adequado para diminuir a incidência dessas dores de cabeça frequentes”, diz a neurocirurgiã, Jamila Salim Ribeiro (foto).

Ainda de acordo com a médica, basicamente a cefaleia se divide em dois tipos: primária (quando não há doenças causadoras) e secundária (quando é provocada por outra doença ou condição). Como a dor pode ter causas diversas, às vezes, descobrir a sua origem é difícil. Por isso, cabe ao clínico geral ou ao neurologista a avaliação detalhada do paciente.

“As dores de cabeça tem tratamentos completamente diferentes de acordo com a sua causa. O diagnóstico da cefaleia primária, por exemplo, é um diagnóstico clínico, baseado no histórico do paciente e em um exame físico. Já o diagnóstico da dor de cabeça secundária, que está relacionada a algum trauma, hemorragia ou tumor, é feito através de exames de imagem, como a tomografia ou ressonância cerebral”, explicou Jamila.

Mulheres são mais suscetíveis

Pessoas com histórico familiar de cefaleia também têm maiores chances de apresentar o sintoma. Além disso, mulheres são frequentemente mais acometidas do que os homens. Outros fatores que podem desencadear as temidas dores de cabeça são: abuso do uso de remédios; problemas de visão; ansiedade; depressão; traumas e lesões na cabeça; TPM (Tensão pré-menstrual); estresse diário; problemas para dormir e descansar.

Seguindo algumas dicas é possível prevenir as temidas dores de cabeça. Realizar alguma atividade física auxilia na liberação de endorfina (neurotransmissor relacionado ao bem-estar) e diminui o número de crises. Para quem possui crises de cefaleia também é necessário se alimentar de três em três horas, pois a fome pode estar associada à dor.

Para o cérebro funcionar sem problemas, é necessário de seis a oito horas de sono por dia. Menos do que isso pode desencadear uma dor de cabeça, além de dificultar o desenvolvimento das atividades durante o seu dia. Por isso, é necessário priorizar o sono, recomendam os neurologistas.

 

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