Nova Friburgo viveu mais um fim de semana esportivo de muita expectativa. Dois de seus maiores representantes estiveram em ação neste domingo, 22. Tanto no campo quanto no octógono, os resultados não foram positivos. Pela sexta rodada do campeonato carioca, o Friburguense foi irreconhecível e acabou goleado pela Cabofriense por 3 a 0 no Correão. Já pelo UFC de Porto Alegre, o friburguense Edson Barboza enfrentou Michael Johnson e, dominado na maior parte do tempo, perdeu por decisão unânime. Um dia para ser esquecido pelo desporto municipal.
Frizão x Cabofriense: time irreconhecível
Abaixo do que pode render individualmente e coletivamente, o Tricolor da Serra esbarrou nos próprios erros e sofreu com a precisão da Cabofriense, que aproveitou as oportunidades para vencer por 3 a 0 no Correão. Com Jorge Luiz apagado, a equipe pouco incomodou o goleiro Rafael. O resultado leva o Frizão para o décimo lugar, com sete pontos. A equipe de Gerson Andreotti terá a semana inteira para trabalhar até o próximo compromisso pelo Carioca 2015. O Friburguense vai receber o Bonsucesso no Eduardo Guinle no próximo fim de semana, em data ainda a ser confirmada.
Ainda sem Caíque, mas com o retorno de Pierre, o Friburguense não demorou dez segundos para bater no gol pela primeira vez. Jorge Luiz recebeu na intermediária e bateu para fora. O Tricolor da Serra chegava em bloco ao ataque e utilizava os dois lados do campo para articular as jogadas. Aos sete, Sergio Gomes levantou para Ziquinha, que por muito pouco não dominou para finalizar na grande área. No primeiro chute ao gol, entretanto, a Cabofriense abriu o marcador: Arthur cobrou falta, a bola passou pela barreira e Marcos não conseguiu segurar. Fabricio Carvalho aproveitou o rebote e apenas escorou para as redes. O Friburguense buscou a resposta imediata através de repetidas cobranças de escanteio. Em uma delas, Thalles foi puxado pela camisa, mas o árbitro mandou seguir. O lance gerou protestos do técnico Gerson Andreotti, que até então se mantinha calmo no banco de reservas.
Em meio a maior posse de bola do Frizão, uma rebatida nos pés de Fabricio Carvalho e o chute do camisa nove levaram Marcos a trabalhar com certa dificuldade. Antes do tempo técnico, o Friburguense teve boa chance para empatar: Jorge Luiz recebeu na grande área, percebeu a saída de Rafael e tentou por cobertura. Victor Silva salvou em cima da linha.
Bastou uma desatenção da defesa do Friburguense, aos 26 minutos, para a Cabofriense ampliar a vantagem. Marco Aurélio recebeu com liberdade na direita, invadiu a área e tocou na saída de Marcos. Em busca da reabilitação, o Tricolor da Serra se aproveitou da infiltração de Jorge Luiz para conseguir uma falta na entrada da área aos 30 minutos. Rômulo cobrou por cima. De fato, o time de Gerson Andreotti sentiu o segundo gol e teve dificuldades para se restabelecer na partida. Foram muitos os erros de passe e, desta forma, o Frizão não mais ameaçou a meta de Rafael. O último ato do primeiro tempo foi o chute de Marco Aurelio defendido no meio do gol por Marcos.
Gol no início atrapalha possível reaçãoNa tentativa de tornar o Friburguense mais ofensivo, o técnico Gerson Andreotti mandou Luquinhas a campo na vaga de Rômulo. O garoto chamou o jogo, e participou dos primeiros lances. O excesso de vontade, inclusive, rendeu-lhe um cartão amarelo. No lado da Cabofriense, Fabricio Carvalho deu lugar a outro experiente jogador, o meia Marcinho. Este participava mais nos lances de bola parada. E foi dele a cobrança que encontrou Marco Aurélio na grande área, aos seis minutos.
O jogador aproveitou bate-rebate e tocou para marcar o terceiro. Pouco depois, Marcos fez boa defesa em chute de Lenon para evitar o quarto. O Friburguense teve a chance para diminuir, mas Luquinhas parou em Rafael. Um raro momento de inspiração, diante de um cenário amplamente desfavorável. A Cabofriense posicionou praticamente toda a equipe no campo de defesa, e esperava apenas a chance para contra-atacar.
A última cartada de Andreotti foi Badinho. No entanto, não era o dia do Friburguense. Quase todas as tentativas não resultavam em jogadas produtivas. Nem mesmo os gritos de incentivo do treinador friburguense à beira do gramado foram suficientes para mudar algo. O Tricolor da Serra correu bastante, mas esteve abaixo individualmente e coletivamente. Uma das melhores chances surgiu exatamente a partir da insistência de Thalles, que brigou pela posse de bola na grande área, mas não conseguiu finalizar com precisão. Uma tarde para ser esquecida.
Ficha Técnica
Cabofriense 3x0 Friburguense
Campeonato Carioca 2015
6ª rodada
22/02/2014 - 16h
Estádio Alair Correa, Cabo Frio - RJ
Renda: R$ 5.500,00
Público: 350 pagantes / 520 presentes
Árbitro: Rafael Martins de Sá
Assistentes: Marcio de Queiróz e Ivan Silva Araújo
Cabofriense: Rafael; Lenon, Vladimir, Victor Silva e Leandro; Everton, Jardel, Marco Aurélio, Arthur (Kaká) e Têti (Hiroshi); Fabrício Carvalho (Marcinho).
Técnico: Alfredo Sampaio
Friburguense: Marcos; Sérgio Gomes, Cadão, Pierre (Zé Victor) e Felipe; Bidu, Damião, Rômulo (Luquinhas) e Jorge Luiz; Ziquinha (Badinho) e Thalles.
Técnico: Gerson Andreotti
Derrota afasta o Tricolor da Serra do G-4
UFC: Barboza não encaixa golpes, é dominado e perde para Johnson
Edson Barboza bem que tentou, mas não era a noite do lutador friburguense. Os principais golpes não encaixaram, e o Barboza foi batido por Michael Johnson por decisão unânime — 29-28, 30-27 e 30-27 —, depois de três rounds, em duelo pelo peso leve. O evento coprincipal do UFC Fight Night 61 aconteceu na madrugada de ontem, 23, em Porto Alegre/RS.
Edson Barboza havia vencido Evan Dunham e Bobby Green, mas encontrou dificuldades diante do norte-americano. Johnson movimentou-se bastante e anulou bem o jogo do brasileiro. Desde o começo, o americano mostrou que seria um adversário duro para o brasileiro ao tomar conta do centro do octógono e encarar a luta na trocação franca. Johnson conseguiu bons golpes, que incomodaram Barboza, sem dar espaço para armar os chutes rodados.
Edson Barboza tentou modificar, buscou até mesmo a luta no chão, mas sem sucesso. Michael Johnson mostrou personalidade, pressionou o friburguense na grade e foi declarado vencedor por decisão unânime.
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