Após reclamações que chegaram à redação de A VOZ DA SERRA a respeito do trânsito de Olaria, nossa equipe foi até o bairro para saber mais sobre os relatados transtornos causados aos moradores. Alguns reclamam do trânsito no dia a dia e outros do caos gerado aos domingos—principalmente no último de cada mês, quando a Via Expressa é fechada pela manhã ao trânsito para a realização do evento.
Que o projeto “Domingo de Lazer” proporciona para a população em geral um momento de entretenimento nas pistas livres da Via Expressa, muitos já sabem. Mas, por outro lado, de acordo com os moradores do bairro, são eles quem sofrem com o transtorno da via fechada.
Sempre que o Domingo de Lazer é realizado, a Via Expressa é interditada das 7h às 12h30—horário em que também funciona a feira livre do bairro. No centro de Olaria, moradores afirmam que em dia comerciais o trânsito flui melhor do que na parte da manhã dos últimos domingos do mês. “Durante o dia a dia o trânsito aqui em alguns horários já é complicado. Os sinais abrem e fecham muito rápido e os carros não andam. Tem domingo que isso complica ainda mais. Hoje a população e a quantidade de carros são muito maiores do que há uns tempos atrás, quando a Via Expressa também era fechada. Acho que tinha que ser planejado melhor isso. Eu já vi fila de carro do centro de Olaria chegar ao antigo Sase”, aponta Robson Figueira, morador do bairro há 30 anos.
Para outro morador, que preferiu não se identificar, a situação é a mesma: “A população daqui se sente incomodada com a condição. Por mais que a gente entenda que as crianças e os adultos precisem de uma área de lazer, os organizadores poderiam pelo menos planejar isso ou buscar outras áreas para as atividades. O trânsito acaba ficando caótico para o povo de Olaria. E se parar para pensar, domingo também é um dia de lazer para os moradores do bairro, mas acaba sendo o dia mais estressante, porque o fluxo de carros se concentra todo na Avenida Júlio Antônio Thurler e a gente mesmo não tem nem como sair de casa com o carro.
Entretando, as queixas também se dirigem ao que era antes a válvula de escape do trânsito do bairro: a Rua Vicente Sobrinho, alvo constante de críticas entre os moradores. “Às vezes passamos por ela para não pegar o sinal da rua principal, mas dá no mesmo porque ficamos agarrados. Estacionam dos dois lados da rua e sempre um tem que esperar para o outro passar, e é isso que acaba congestionando a rua toda. Isso acontece diariamente. Imagine aos domingos, com a Via Expressa fechada e a rua principal do bairro também, por causa da feira”, argumenta Robson.
Todos os moradores entrevistados pela equipe do jornal afirmaram que o bairro é um local muito bom para morar. As únicas reclamações são em relação à falta de planejamento na mobilidade urbana em conjunto com o intenso crescimento populacional da localidade.
O subsecretário de Ordem e Mobilidade Urbana, Carlos Alberto Bayer, disse ontem, 13, que uma reunião entre a associação de moradores e amigos do bairro (Amabol) e a secretaria está agendada para a próxima quarta-feira, 21, para discutir a adoção do sentido único de direção na Rua Vicente Sobrinho e mudanças no planejamento de trânsito do bairro duranto o Domingo de Lazer.
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