Publicação no Diário Oficial Eletrônico de Nova Friburgo do último dia 12, apresenta o extrato de instrumento contratual firmado entre a prefeitura e a empresa Roberto de Aguiar Grote Construções e Empreendimentos, para a demolição de dois imóveis na Rua Prudente de Moraes, no bairro Vila Nova, interditados pela Defesa Civil após terem sido atingidos por deslizamento de encosta na tragédia da tempestade de 12 de janeiro de 2011. O contrato, no valor de R$ 36.996,20 foi assinado no último dia 11 de outubro e tem prazo de 60 dias. A informação já havia sido antecipada por A VOZ DA SERRA na edição do último dia 25 de setembro. No dia anterior, havia sido publicado o resultado da licitação no Diário Oficial.
As demolições na Vila Nova atendem a uma solicitação antiga dos moradores que até hoje convivem com as marcas da catástrofe climática. Alguns imóveis abandonados estavam servindo como moradia para pessoas em situação de rua, usuários de drogas e também como criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Centenas de casas atingidas na tragédia de 2011 já foram demolidas em Nova Friburgo e outras tantas ainda aguardam pelo serviço. Todos os imóveis ficam próximos a encostas e oferecem risco iminente de desmoronamento. Já foram demolidos imóveis em diversos bairros, especialmente Vilage, Córrego Dantas, Duas Pedras e Jardim Califórnia, no distrito de Conselheiro Paulino.
O que diz a prefeitura
Sobre o assunto, entramos em contato com a Prefeitura de Nova Friburgo, que informou em nota, através da Secretaria Municipal de Obras, que “a previsão é de que o serviço de demolição na Vial Nova seja iniciado até o fim deste mês, com a nomeação de um servidor que será designado a desempenhar a função de fiscal da obra e que o prazo de 60 dias começa a vigorar a partir da publicação do nome do fiscal”. A nota finaliza ressaltando que “a medida faz parte do cumprimento de uma sentença judicial”.
Bairro mudou de perfil
A apenas 15 minutos a pé do centro da cidade, o bairro Vila Nova sempre foi considerado um ótimo local para se viver. Mesmo próximo ao movimentado eixo rodoviário do município, a qualidade de vida sempre foi motivo de orgulho para os seus moradores. No entanto, depois da tragédia de janeiro de 2011, o que se vê no bairro hoje – infelizmente - é um cenário bem diferente de anos anteriores. Ao longo da Rua Prudente de Moraes, por exemplo, a principal do bairro, várias casas do lado ímpar estão interditadas e ainda exibem marcas de lama. Um cenário que remonta a tristeza para quem vive ou passa sempre por ali.
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