Do Japão à Alemanha

segunda-feira, 27 de abril de 2009
por Jornal A Voz da Serra

(SECOM) A Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Nova Friburgo, com o apoio do governo municipal, através das Secretarias de Turismo, Cultura e Comunicação Social, realiza neste final de semana o Festival da Cultura Japonesa. O evento será realizado na Praça das Colônias - Suspiro, neste sábado, 25, e domingo, 26. Além de celebrar o Dia do Verde (29 de abril), tradicional data do Japão, os nipo-brasileiros de Nova Friburgo aproveitarão para divulgar mais amplamente a sua cultura, através da música, dos esportes, da gastronomia e das ricas tradições daquele país oriental.

A diversificada programação começa no sábado, às 10h, com a abertura solene, incluindo recepção ao cônsul geral do Japão no Rio de Janeiro, Takeschy Imagawa, que cumprirá uma extensa agenda na cidade, durante a tarde de sábado, com visitas programadas para as instituições de assistência social: Casa dos Pobres São Vicente de Paulo, Lar Abrigo Amor a Jesus (Laje), Associação Friburguense de Apoio aos País do Educando (Afape) e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Acompanhado do prefeito Heródoto Bento de Mello, de integrantes da colônia japonesa e demais autoridades, o cônsul almoçará na própria Praça das Colônias e, ao final da tarde, depois das visitas às entidades, assistirá ao espetáculo Koto, no Teatro Municipal de Nova Friburgo e, em seguida, a apresentação especial do projeto Banda na Praça, excepcionalmente a ser realizado no anfiteatro do próprio local do evento.

Programação

Durante os dois dias do festival, o público poderá deliciar-se com pratos típicos no almoço e jantar, além de lanches. No sábado, o almoço será servido das 11h às 14h, e no domingo, das 11h às 16h. No caso do jantar, será servido somente no sábado, das 18h30 às 22h. Haverá recreação de baseball e profissionais de shiatsu (método terapêutico japonês que pressiona os meridianos com os dedos, recomendado para pessoas com problemas de rim, queimação de estômago, problemas psicossomáticos, como depressão, baixa autoestima, e uma infinidade de outras enfermidades).

São as mais variadas opções do programa do festival, a seguir:

Sábado - 25

11h - oficina de ikebana (arte floral. Uma harmonia de construção linear, ritmo e cor e está baseada em três pontos principais que simbolizam o céu, a terra e a humanidade).

11h - apresentação de sumi-ê (pintura com tinta em que o artista transmite a sua idéia de forma resumida e inequívoca em poucas linhas. Mais do que uma mera representação mimética, o sumi-ê é a arte do essencial).

12h - apresentação de judô (que significa caminho suave na língua japonesa. É um desporto praticado como arte marcial. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, além de desenvolver técnicas de defesa pessoal).

12h30 - apresentação de bondori (festival de tradição budista, celebra as almas dos antepassados com danças em grupo e músicas tradicionais alegres, predominando um clima de jovialidade, gratidão e participação geral. É celebrado em comunidades de imigrantes japoneses e seus descendentes e amigos fora do Japão).

13h – apresentação de karatê (arte marcial de golpes como pontapés, socos, joelhadas, cotoveladas e com a palma da mão aberta. Bloqueios de articulações, lançamentos e golpes em áreas vitais também são ensinados, dependendo do estilo).

14h - oficina de origami (arte japonesa de dobradura de papel. Geralmente, parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer mil origamis (tsuru = garça) teria um pedido realizado).

14h - palestra sobre baseball pela Federação Carioca (desporto praticado por duas equipes, que alternadamente ocupam as posições de ataque e defesa, muito popular no Japão).

17h - apresentação, no Teatro Municipal, de koto (instrumento musical de cordas dedilhadas, composto de uma caixa de ressonância com diversas cordas, semelhante a uma grande cítara. É um dos mais populares dentre os instrumentos musicais tradicionais japoneses).

Domingo - 26

10h - oficina de origami (dobradura de papel).

10h – oficina de kenjutsu (arte marcial japonesa clássica do combate com técnica da espada. Existem vários estilos de kenjutsu. Na história do Japão, há registros como a arte ensinada aos soldados que eram destacados para proteger as fronteiras contra ameaças externas. É uma arte marcial milenar).

11h - palestra sobre baseball, pela Federação Carioca.

11h - oficina de ikebana (arte floral).

12h - apresentação do grupo Rosier (banda brasileira).

12h30 - apresentação de judô

13h30 - Festival de taiko (grande tambor. Usualmente fixado com alças e carregado nos ombros do percussionista que pode, assim, andar e tocar ao mesmo tempo. Era usado para motivar tropas, para ajudar a marcar o passo na marcha e para anunciar comandos e anúncios marciais).

14h30 - apresentação de karatê.

Na tarde de domingo, uma banda de J-Music

A Banda Rosier, de Nova Friburgo, se formou em janeiro de 2006 após uma busca do baixista por pessoas interessadas, o que levou algum tempo devido à dificuldade em encontrar fãs de J-Music na cidade.

Desde o início, sofreu duas alterações na sua formação inicial. Hoje, conta com uma vocalista, dois guitarristas, um baixista, um baterista. Atualmente, a banda está na fase de composições próprias, frutos de grande esforço e influências de bandas como L’arc~en~ciel, Luna Sea, Charlotte e An Café, principalmente, além de mesclar com sons da música brasileira.

A banda possui seu próprio site: http://www.myspace.com/bandarosier

Uma Nova Friburgo de todas as nacionalidades

(*) Girlan Guilland

O projeto Do Japão à Alemanha - que se inicia neste sábado, 25, com o festival de cultura japonesa e ainda terá, na semana seguinte, a festa típica alemã (1,2 e 3 de maio), celebrando os 185 anos do pioneirismo da colonização alemã no Brasil - surgiu no contexto da existência oficial de dez representações de países, cujos imigrantes ajudaram na colonização, formação e no desenvolvimento de Nova Friburgo, ao longo de seus quase dois séculos.

Além dos negros e portugueses, que já povoavam a então região do Sertão Leste do Macacu, cujas terras desmembradas da Sesmaria de Cantagalo formaram a então Villa de Nova Friburgo, os suíços (a partir de 1819), os alemães (desde 03 de maio de 1824) - estes dois povos pioneiros da colonização européia não portuguesa em todo o País - e, depois destes, os italianos, espanhóis, austríacos, húngaros, libaneses e, por último, os japoneses, a partir de 1927, constituíram os povos que ajudaram a fazer a Nova Friburgo de hoje.

Do Japão à Alemanha, portanto, expressa a intenção do governo municipal em integrar, apoiar e ressaltar a força da existência de tantos povos irmanados, num só ideal: o de formarem uma cidade tão especial no conjunto de comunidades de seu porte no território brasileiro. Mais uma característica especial de Nova Friburgo, cidade capaz de concentrar tantas nacionalidades. Vários povos, um só coração. Ou ainda como já se disse um dia: “Nova Friburgo, onde o mundo todo é brasileiro”.

(*) Secretário de Comunicação Social - PMNF

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