O BRASIL é um dos recordistas de acidentes de trânsito nas Américas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), temos uma taxa de 23,4 mortes no trânsito para cada 100 mil habitantes e esse é o quarto pior desempenho no continente americano, atrás apenas de Belize, República Dominicana e Venezuela.
ESTUDOS da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas (Abead), mostram que álcool e direção definitivamente não combinam. Segundo a entidade, em 61% dos acidentes de trânsito registrados no Brasil, o condutor havia ingerido bebida alcoólica, e entre os casos nos quais foram registradas mortes, este índice sobe para 75%.
PESQUISA Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde, revela que aproximadamente um quarto dos brasileiros que conduzem veículos insistem em desobedecer a lei e colocar sua vida e de outras pessoas em risco. De acordo com o levantamento, 24,3% dos motoristas afirmam que assumem a direção do veículo após ingerir bebida alcoólica.
A MESMA pesquisa traz outro dado alarmante: o brasileiro exagera ao beber. Do total de entrevistados para a elaboração do trabalho, 13,7% bebeu álcool de forma abusiva nos 30 dias anteriores, o que representa a ingestão de quatro ou mais doses de bebida destilada para mulheres ou cinco ou mais para os homens em uma única ocasião.
OS DADOS mostram que, apesar das multas severas e do aumento da fiscalização, ainda é preciso avançar muito para conscientizar os motoristas a não pegarem o volante após ingerir bebidas alcoólicas. Esse trabalho certamente passa pela necessidade de maior fiscalização e o desenvolvimento de campanhas educativas permanentes em vários níveis, inclusive com a inclusão de noções de trânsito na grade curricular das escolas. Embriaguez ao volante é inadmissível.
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