Dinheiro curto

quinta-feira, 19 de novembro de 2015
por Jornal A Voz da Serra

A PREFEITURA deverá ter um orçamento reduzido em 2016 com a queda de repasses e as dificuldades estruturais para enxugar os compromissos financeiros da administração. A proposta deverá ser votada pela Câmara Municipal no princípio de dezembro, antes do recesso parlamentar. Embora não se tenha ainda um valor previsto, será pouco para quem tem tanto a fazer, como Nova Friburgo.

O ORÇAMENTO indica que não conseguimos sair da dependência econômica dos repasses federais e estaduais, sem que se possa acrescentar o “algo mais” proveniente da expectativa de expansão do município. Ainda não será desta vez que o cidadão verá exibir nas metas orçamentárias do governo um amplo programa de desenvolvimento da infraestrutura urbana capaz de suprir as diversas carências do município.

SEM AUMENTAR a arrecadação, o município não consegue suportar os investimentos de maior vulto. Sem expandir economicamente o município, através da abertura de novas empresas, oferecendo políticas de incentivos atraentes, os ganhos não permitirão a execução das obras. Trata-se, como se vê, de um círculo vicioso: não cresce porque não investe, não investe porque não cresce.

PARA SUPORTAR a exigência desse crescimento, a prefeitura tem se mobilizado na busca por verbas dos governos federal e estadual capazes de permitir a execução de projetos essenciais. Contudo, não é fácil obter dinheiro em Brasília Além do esforço pessoal do prefeito, o município depende da intervenção de parlamentares e ministros, o que pode garantir algumas verbas, porém ainda insuficientes.

A PROPOSTA de crescimento econômico sonhada por todos ainda não foi apresentada. Para o governo municipal, a frieza dos números revela o que se tem de concreto, sem sonhos nem devaneios, condizente com a realidade econômica do país e do governo federal, que é a maior fonte de arrecadação do município.

A PREVISÃO feita pelo governo atende as prioridades básicas da administração, mas não chega para tudo o que o friburguense deseja.  Para transformar a cidade é necessário muito mais, porém, nem tudo pode ser realizado a contento. A cidade vem crescendo e a resposta financeira poderá vir somente daqui a alguns anos. Até lá, salvemo-nos com o que existe, agravado ainda pela pequena distribuição de recursos.

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