(SECOM) - Começaram os trabalhos de digitalização de todo o acervo do Centro de Documentação Dom João VI - Pró-Memória de Nova Friburgo, que tem como objetivo facilitar serviços de buscas e consultas para usuários através do site, evitando o manuseio e possíveis danificações dos documentos.
O acervo do Centro de Documentação Dom João VI conta com aproximadamente 750 mil itens, entre fotografias, jornais, documentos da época em que Nova Friburgo ainda era colônia, cartas de naturalização de estrangeiros e registros referentes à colonização suíça, datada de 1819 e à colonização alemã de 1824, estes dois os mais antigos entre todos.
O trabalho de digitalização está sendo feito através de fotografias digitais de todos os itens impressos e também de áudio, utilizando programa específico de computador, uma vez que o Centro de Documentação Dom João VI possui muitos discos e gravações antigas. “O prazo para a finalização deste trabalho é indefinido, porque qualquer documento impresso que possui leitura de conteúdo leva aproximadamente dez minutos para ser digitalizado. Primeiramente passarão por este processo todos os documentos que estão em risco de desaparecimento por fatores causados pelo tempo, como plantas antigas da cidade, manuscritos e fotografias, entre muitos outros”, revela Nelson Augusto Bohrer, chefe da Divisão do Pró-Memória.
Mas, muita coisa já está pronta, inclusive a criação do site, que estará em funcionamento a partir do dia 16, aniversário da cidade, e poderá ser usado como fonte de pesquisas e consultas. O endereço do site do Centro de Documentação Dom João VI – Pró-Memória de Nova Friburgo é: www.djoaovi.com.br.
A direção do Pró-Memória oferece a quem tiver interesse digitalizar fotografias particulares de famílias tradicionais ou de locais da cidade. Basta comparecer com a foto ao Pró-Memória, localizado no prédio da Usina Cultural, na Praça Getúlio Vargas 55, Centro.
Criando a memória da cidade
A ideia de reunir fotografias antigas e documentos sobre a história de Nova Friburgo começou por volta de 1975 e se mistura à história de uma das pessoas que motivou a criação do setor, que hoje é conhecido como Pró-Memória: Tereza Albuquerque de Mello que, por iniciativa própria, iniciou os trabalhos de separar, pesquisar, catalogar e arquivar fotos, filmes, documentos, jornais e tudo que se refere ao passado da cidade. Assim, meio por acaso, o acervo começou a ser criado e a história da cidade pode ser contada. Devido a esta iniciativa, em 1986 o governo municipal criou o Centro de Pesquisa e Documentação Histórica.
Para Nelson Augusto Bohrer, o Guguti, como é conhecido, a conservação do acervo é fundamental. “Hoje este espaço é o último reduto da memória de Nova Friburgo. Todas as famílias que têm raízes friburguenses se identificam, de certa maneira, com algum documento aqui existente. A importância deste centro de documentação é tanta que um dos nossos objetivos também é transformá-lo em um centro de referência de pesquisas para os municípios adjacentes”, concluiu.
Deixe o seu comentário